Nesta terça, em entrevista ao Estado, a dissidente que foi declarada como uma das maiores opositoras do regime Mahmoud Ahmadinejad, pediu que o Brasil não use uma nova retórica de direitos humanos apenas "como mais uma estratégia política" e que, desta vez, seja coerente com o estado democrático que representa. Eis um dos principais trechos da entrevista:
A sra foi recebida pela diplomacia brasileira. A sra. Considera isso como uma mudança na posição do País em direitos humanos? - "Vou contar uma coisa. Há poucos anos, quando o presidente Lula visitou o Irã, grupos de oposição pediram para se reunir com ele. Havia inclusive um sindicalista preso e que teve seu grupo de apoio procurando a delegação brasileira. Afinal, tanto Lula como a vítima da opressão eram sindicalistas. Mas Lula decepcionou todo o povo iraniano. Desembarcou em Teerã, apertou a mão de Ahmadinejad, comemorou vitória e deixou o povo nas mãos de um dos regimes mais brutais do mundo hoje. Portanto, acho que eu ser recebida pelo governo brasileiro é sim um grande passo e na direção certa", respondeu Shirin. (Fonte: estadão)
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