Antes de Dilma Rousseff se eleger presidente da República, nenhuma mulher no Brasil reuniu tanto poder quanto Zélia Cardoso de Mello. Talvez a princesa Isabel, ainda assim quando o país era muito diferente em tudo, no fim do século dezenove.
Zélia foi ministra da Economia no governo do presidente Fernando Collor. Nascida num 20 de setembro, mantinha as principais características de uma típica virginiana: era pragmática, determinada, sentimental. E supersticiosa. Donos de grande senso prático, em geral, os nascidos sob o signo de Virgem refletem bastante antes de tomar decisões. Para afastar as energias negativas e atrair as positivas, a ministra mantinha em sua mesa de trabalho, repleta de documentos e despachos, um conjunto de acessórios esotéricos. À sua frente, sobre a Constituição, uma pirâmide de metal, para dar firmeza de posição. À sua esquerda, um copo com água natural, para equilibrar a dieta. À direita, perto do par de carimbos, uma pedra de cristal transparente, para iluminar a eficiência aos seus atos e afastar os invejosos. A maior das peças, porém, era uma drusa de quartzo cor-de-rosa, para controlar as paixões.
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