Rogério Moraes, titular da Delegacia de Ordem Administrativa (DOA), disse hoje (15) que o laudo encomendado pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea) à Universidade Federal do Pará (UFPA) não será considerado no inquérito policial que apura as causas do desabamento do edifício Real Class.
“Aquele é um laudo particular. O laudo do CPC [Centro de Perícias Científicas Renato Chaves] será conclusivo a respeito das causas. As falhas de cálculo já foram citadas nos interrogatórios que nós realizamos. Não creio, porém, que tenham sido os únicos fatos responsáveis pela queda”.
Ele disse que as falhas no cálculo estrutural do prédio, apontadas pelo laudo da UFPA, já eram sabidas pela polícia, mas negou que este seja o único fator para o desabamento.
O delegado Moraes discorda das declarações do engenheiro calculista Raimundo Lobato da Silva, responsável pela obra, de que as fundações contaminadas seriam a causa do desabamento. Segundo ele, esse procedimento é razoavelmente comum em obras desse tipo, sendo contornado com a reconstrução das cabeças dos pilares, como foi constatado no processo.
De qualquer forma, o Centro de Perícias Científicas também vai fazer exames topográficos para desfazer qualquer dúvida a respeito dos indícios que já se configuram. “A menos que nós tenhamos uma surpresa nesses exames, o laudo será concluído na primeira quinzena de abril. Caso haja surpresa, no máximo na segunda quinzena”, disse o diretor do CPC, Orlando Salgado.
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