A iminente escassez de peças e componentes eletrônicos importados do Japão acendeu a luz amarela no radar do Polo Industrial de Manaus, a chamada Zona Franca, responsável por grande parte da produção de eletroeletrônicos e motocicletas do país.
Empresas desses dois segmentos, que dependem de insumos de suas matrizes, estão suspendendo temporariamente sua produção para avaliar a situação e, se for o caso, redimensioná-la de acordo com o volume em estoque.
Ao mesmo tempo, estudam opções para suprir uma possível falta de componentes essenciais por meio de outros canais de importação. Essa troca de fornecedores, alertam empresários do setor, poderá representar alta nos preços para o consumidor final.
- Se essa situação de escassez persistir, os preços vão subir para os fabricantes, e eles terão de repassar o aumento para o consumidor - disse Wilson Périco, presidente do Sinaees, sindicato que reúne as indústria de eletroeletrônicos de Manaus, lembrando que ainda há muitas importações do Japão em trânsito, o que deve amenizar o problema até as empresas concluírem uma avaliação mais precisa da situação.
Para a coordenadora de estudos econômicos da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Ana Maria Souza, com a economia brasileira aquecida, os fabricantes precisam buscar alternativas para suprir a demanda.
Segundo ela, é uma questão de sobrevivência as empresas buscarem outros mercados para se abastecerem de peças e componentes. A Suframa quer aproveitar a situação para fortalecer a cadeia de suprimentos local. (Em O Globo)
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