'Não vou passar a mão na cabeça dela, pois já não tenho forças para lutar', declarou uma mulher que não se identificou ao acompanhar a apreensão da filha adolescente flagrada roubando roupas, ontem de manhã, no bairro do Barreiro, em Belém. Nervosa e chorando muito, a mulher afirmava ter perdido a filha para as drogas. 'Ela é viciada em entorpecentes, por isso entrou no mundo do crime. Já roubou até mesmo a avó, pois pratica os roubos para comprar droga, além de se prostituir para manter o vício. É muito triste para uma mãe ter que admitir que a filha está errada, mas não posso esconder os erros cometidos por ela', lamentou a mãe, que trabalha como empregada doméstica.
Segundo ela, apesar da dor de ter a filha apreendida pela polícia, a doméstica alega compreender a revolta das vítimas. 'Fico pensando nas pessoas honestas que lutam para ter um objeto de valor e depois perdem esse bem para um menor infrator, sem falar os que perdem a vida nas mãos de adolescentes criminosos. Sou mãe e estou sofrendo muito, mas não posso aceitar as falhas da minha filha, pois não tenho mais forças', desabafou a doméstica, enquanto era amparada por familiares na Seccional Urbana da Sacramenta.
O relato da mãe emocionou até mesmo as vítimas que aguardavam para prestar depoimentos na seccional. 'É difícil encontrar uma mãe que reconheça os erros dos filhos. Essa moça roubou minha barraca de roupas várias vezes, mas hoje sei que ela é vítima das drogas. Sinto muito por ela, que ainda é uma menina no crime, mas, principalmente pela mãe, que é a quem mais sofre com tudo isso', lamentou uma das vítimas, que preferiu não se identificar.
A jovem foi encaminhada para a Divisão de Atendimento ao Adolescente (Data). De acordo com informações policiais, ela costuma praticar assaltos armada com uma faca de cozinha. 'Hoje (ontem) ela não estava armada, mas, na maioria das vezes aborda as vítimas armada. Aqui na feira do Barreiro ela é muito conhecida pela prática de roubos', declarou o soldado Lemos Araújo, acompanhado do soldado Diego Ferreira, sobre o comando do tenente Nonato, da 1ª Zona de Policiamento - Zpol. (No Amazônia)
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