A direção do Partido Popular Socialista (PPS) anunciou ontem que o deputado estadual João Salame, único representante da legenda na Assembleia Legislativa do Pará, vai assinar a CPI que visa apurar irregularidades na Casa. Salame será o décimo parlamentar a apoiar a comissão, que contava apenas com as assinaturas do deputado Edmilson Rodrigues (PSOL), autor da proposta, e dos oito deputados do PT. Agora, só falta a adesão de mais quatro deputados para deslanchar a CPI que vai investigar o Poder. A executiva estadual do PPS também divulgou um manifesto em que reconhece "vícios e irregularidades" na Assembleia e pede o "afastamento imediato dos funcionários fantasmas, dos que foram beneficiados com supersalários e dos envolvidos em qualquer tipo de irregularidade".
Servidores detidos à disposição da justiça - Até as 18 horas de ontem, os servidores detidos na operação do MPE permaneciam em prisão preventiva. A ex-chefe da Casa Civil da Alepa na gestão de Juvenil, Semmel Charone Palmeira; Daura Irene Xavier Hage, do Departamento de Pessoal da Alepa; e Euzilene Maria Lima Araújo, do Departamento Financeiro, encontram-se no Quartel do Corpo de Bombeiros, enquanto o diretor do Centro de Processamento de Dados da Alepa, Jorge Moisés Caddah, está no Batalhão Ambiental da Polícia Militar.
O advogado de Semmel, Américo Leal, ajuizou ontem um habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça do Estado. "A prisão temporária é decretada com a finalidade de ela ser ouvida (pelo MP), o que já ocorreu. O inquérito policial ainda não tem acusação definitiva", disse. Os defensores dos demais acusados detidos não foram localizados.
MÔNICA PINTO RECEBEU DELAÇÃO PREMIADA - A ex-chefe da Seção da Folha de Pagamento do Departamento de Gestão de Pessoal da Assembleia Legislativa do Pará, Mônica Pinto, foi agraciada com a delação premiada junto ao Ministério Público do Estado, ou seja, obteve um acordo que evita a prisão em caso de a ex-servidora revelar tudo sobre o esquema de corrupção do Legislativo. As informações privilegiadas orientaram a operação do MPE, na última terça-feira. A delação premiada foi confirmada ontem pelo advogado de Mônica, Luciel Caxiado. Por conta disso, ela vai comparecer para depor na Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe) na próxima terça-feira, 26, às 9 horas, garantiu Caxiado. "Eu não via a hora de toda a verdade aparecer", disse a administradora.
Mônica é investigada por ter obtido empréstimos que somam R$ 400 mil (sem juros e correção) no banco Santander, com desconto consignado em folha de pagamento, entre dezembro de 2009 e fevereiro de 2010, pouco antes de ser exonerada. A suspeita é de falsificação de contracheque e da margem consignável. O convênio firmado entre a Alepa e o banco permitia o empréstimo apenas a servidores efetivos, o que não era o caso dela.
O depoimento de Mônica na Dioe foi remarcado ontem, independentemente do habeas corpus preventivo pedido por ela, que ainda não recebeu decisão do juiz Pedro Sotero, da Vara de Inquéritos Policiais. O pedido liminar serviu para adiar o comparecimento dela à Dioe pela terceira vez. Caxiado justificou que o objetivo era prevenir a possível prisão de sua cliente e também para paralisar o inquérito, arquivando-o. "O inquérito está sendo conduzido com cópias (dos documentos dos empréstimos), o que não tem validade no Direito Brasileiro", justificou o defensor. De fato, a Dioe ainda não recebeu os originais do Santander, que encontram-se arquivados em São Paulo. Caxiado disse que Mônica nunca foi intimada a comparecer à Dioe, mas que as datas dos depoimentos foram sempre acordadas entre eles e o delegado Rogério Moraes, que está conduzindo as investigações. "Não houve recusa (a depor) e nem desrespeito à autoridade policial", destaca ele. (No Amazônia)
Servidores detidos à disposição da justiça - Até as 18 horas de ontem, os servidores detidos na operação do MPE permaneciam em prisão preventiva. A ex-chefe da Casa Civil da Alepa na gestão de Juvenil, Semmel Charone Palmeira; Daura Irene Xavier Hage, do Departamento de Pessoal da Alepa; e Euzilene Maria Lima Araújo, do Departamento Financeiro, encontram-se no Quartel do Corpo de Bombeiros, enquanto o diretor do Centro de Processamento de Dados da Alepa, Jorge Moisés Caddah, está no Batalhão Ambiental da Polícia Militar.
O advogado de Semmel, Américo Leal, ajuizou ontem um habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça do Estado. "A prisão temporária é decretada com a finalidade de ela ser ouvida (pelo MP), o que já ocorreu. O inquérito policial ainda não tem acusação definitiva", disse. Os defensores dos demais acusados detidos não foram localizados.
MÔNICA PINTO RECEBEU DELAÇÃO PREMIADA - A ex-chefe da Seção da Folha de Pagamento do Departamento de Gestão de Pessoal da Assembleia Legislativa do Pará, Mônica Pinto, foi agraciada com a delação premiada junto ao Ministério Público do Estado, ou seja, obteve um acordo que evita a prisão em caso de a ex-servidora revelar tudo sobre o esquema de corrupção do Legislativo. As informações privilegiadas orientaram a operação do MPE, na última terça-feira. A delação premiada foi confirmada ontem pelo advogado de Mônica, Luciel Caxiado. Por conta disso, ela vai comparecer para depor na Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe) na próxima terça-feira, 26, às 9 horas, garantiu Caxiado. "Eu não via a hora de toda a verdade aparecer", disse a administradora.
Mônica é investigada por ter obtido empréstimos que somam R$ 400 mil (sem juros e correção) no banco Santander, com desconto consignado em folha de pagamento, entre dezembro de 2009 e fevereiro de 2010, pouco antes de ser exonerada. A suspeita é de falsificação de contracheque e da margem consignável. O convênio firmado entre a Alepa e o banco permitia o empréstimo apenas a servidores efetivos, o que não era o caso dela.
O depoimento de Mônica na Dioe foi remarcado ontem, independentemente do habeas corpus preventivo pedido por ela, que ainda não recebeu decisão do juiz Pedro Sotero, da Vara de Inquéritos Policiais. O pedido liminar serviu para adiar o comparecimento dela à Dioe pela terceira vez. Caxiado justificou que o objetivo era prevenir a possível prisão de sua cliente e também para paralisar o inquérito, arquivando-o. "O inquérito está sendo conduzido com cópias (dos documentos dos empréstimos), o que não tem validade no Direito Brasileiro", justificou o defensor. De fato, a Dioe ainda não recebeu os originais do Santander, que encontram-se arquivados em São Paulo. Caxiado disse que Mônica nunca foi intimada a comparecer à Dioe, mas que as datas dos depoimentos foram sempre acordadas entre eles e o delegado Rogério Moraes, que está conduzindo as investigações. "Não houve recusa (a depor) e nem desrespeito à autoridade policial", destaca ele. (No Amazônia)
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