Preso por posse ilegal de armas, o major de reserva Sebastião Curió Rodrigues de Moura, um dos chefes da repressão à Guerrilha do Araguaia (TO) nos anos 70, passou apenas três horas na prisão do Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília.
Curió foi preso pela Polícia Federal (PF) na terça-feira, em sua casa, durante uma operação de busca e apreensão a documentos da ditadura, sob ordem da Justiça Federal. Além de documentos e um computador, os policiais federais teriam encontrado quatro armas sem registro.
Curió passou todo o dia prestando depoimentos tanto à Justiça Federal quanto à Superintendência da PF e foi levado durante a noite para o Batalhão do Exército, uma vez que é militar.
Segundo a assessoria de comunicação do Exército, Curió ficou preso das 22h30 de quarta-feira até a 1h30 da quinta. A libertação do major foi decidida no plantão do juiz Frederico Ernesto Cardoso Maciel, do Tribunal de Justiça de Brasília.
O Tribunal de Justiça não informou a razão do alvará de soltura do militar, se ele alegou problemas de saúde ou se foi beneficiado pela idade, acima dos 70 anos.
De todo modo, o militar deverá responder a processo por posse ilegal de armas na 9ª Vara Criminal do TJ-DF. O advogado de Curió, Adelino de Carvalho Tucunduva Júnior, não quis dar informações sobre o caso, dizendo não ter autorização de seu cliente. Ele queixou-se das informações prestadas pelos órgãos públicos, mas não apontou quais seriam as falhas.
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