Em reuniões com ministros representantes de todos os partidos da base e líderes do Congresso, Dilma pediu unidade em torno da proposta do governo na votação do Código Florestal e pressa na conclusão do Plano Brasil Sem Miséria. A ideia é apresentar uma agenda positiva que desvie a atenção de fatos negativos.
Enquanto isso, o governo ganha tempo para que Palocci apresente as explicações pedidas pela Procuradoria-Geral da República, que Dilma, segundo interlocutores, disse esperar que sejam claras e suficientes. Ontem o governo comemorou a ausência de fatos novos no noticiário.
Um dos "três porquinhos" que comandaram a campanha presidencial de Dilma, Palocci enriqueceu em 2010, após a eleição. O governo teme que, se o ministro for atingido, o mandato da presidente também possa ser abalado.
Embora Dilma continue afirmando que mantém confiança no ministro-chefe da Casa Civil, é fato que "a realidade mudou", como observou um de seus auxiliares. Outro interlocutor, no entanto, observou que a presidente "não é autista" e, mesmo não se pautando pela imprensa, está acompanhando atentamente todas as movimentações que acontecem no campo político em decorrência da crise que envolve Palocci. Por isso, a presidente espera que as explicações do ministro da Casa Civil sejam logo apresentadas e a Procuradoria-Geral da República, que a princípio não queria se estender no caso, não peça mais nada e encerre a questão, como fez a Comissão de Ética Pública. Com isso, acredita que esse período de turbulência seja enfim superado.
Para evitar que as explicações à procuradoria ou a falta delas ecoem no Congresso, Dilma quer que os ministros políticos de seu governo mobilizem suas bancadas. (No estadão.com)
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