A base do governo impediu há pouco no Senado nova tentativa da oposição de convocar o ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, para prestar esclarecimento sobre o aumento do patrimônio nos últimos quatro anos. O embate foi na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado e contou com a presença dos principais líderes do governo e oposição. - “A recusa em divulgar os nomes das empresas beira à hipocrisia. O velho ditado popular de que quem não deve não teme está na ordem do dia”, disparou a senadora Marinor Brito (Psol-PA), uma das autoras do requerimento. Além da senadora também assinaram o requerimento senadores do PSDB, DEM e PPS.
“A aprovação desse requerimento tornaria a criação da Comissão Parlamentar de Inquério inócua. Basta esclarecer uma pergunta: Para quem o ministro Palocci prestou consultoria?”, acrescentou o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP).
As ponderações dos senadores da oposição foram rebatidas pelo líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE). - “Acusaões textuais e formais, até o momento, não surgiram. Até que provem o contrário o ministro Antônio Palocci é inocente. Não nos cabe fazer um pré-julgamento”, ressaltou Costa. Além dele a tropa de choque também contou com a presença do líder do governo Romero Juca (PMDB-RR), e do líder do PMDB, Renan Calheiros (AL).
Diante da derrota, a oposição decidiu retirar o requerimento de pauta.Segundo o líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR), uma nova tentativa será feita em outras comissões. No manhã de hoje, a oposição deu início à coleta de assinaturas para instalação de uma CPI Mista que terá como objetivo investigar o suposto enriquecimento ilícito do ministro Palocci. Para que a CPI seja aprovada é preciso o apoio de 171 deputados e 27 senadores.
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