Em pronunciamento nesta quarta-feira (29), o líder da oposição no Senado, senador Mário Couto (PSDB-PA), acusou o PT de tentar implantar uma ditadura, com tentativas de intimidação contra ele. O senador se referiu à representação feita pelo partido à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que ele seja investigado por supostos desvios na Assembléia Legislativa do Pará. - Nós estamos vivendo em uma fase de ditadura política clara, evidente, e o Senado Federal fecha os olhos para isso. Nós estamos perdendo nossos direitos. Daqui a pouco este senador vai sair desta tribuna porque o PT não quer mais ouvir a verdade.
Couto criticou os deputados federais petistas Miriquinho Batista, José Geraldo, Cláudio Poty e Beto Fato, todos do Pará, que assinaram a representação. Couto lembrou antigas denúncias contra os deputados e disse que, ao contrário deles, nunca esteve frente a frente com um juiz. - Aos meus 65 anos de idade e 24 anos consecutivos de parlamento, eu nunca fui chamado na frente de um juiz, deputados. Eu não conheço a cara de um juiz; vocês já foram várias vezes. Várias caras de juízes já estiveram próximas às de vocês - acusou Couto.
O senador chegou a chamar os petistas de malditos, sendo repreendido pela senadora Marta Suplicy (PT-SP), que presidia a sessão. A senadora pediu que ele mantivesse o decoro e que não usasse palavras pesadas. Ainda assim, Couto repetiu, aos gritos, o que havia dito antes e afirmou que eram palavras leves. - É leve para aqueles que mereciam estar na cadeia! É leve, presidenta, para aqueles que tiraram dos cofres públicos do meu estado!
Mário Couto afirmou que é clara a intenção do PT de "calar a boca do lider da oposição no senado". Os senadores Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Alvaro Dias (PSDB-PR) elogiaram a atuação do senador e concordaram com a afirmação de que as denúncias são uma tentativa de fazer com que ele se cale e pare de fazer denúncias. - A denúncia está sendo feita para lhe calar, para lhe tirar nessa tribuna e fazer com que Vossa Excelência se torne um cordeirinho, votando aqui medidas provisórias indecentes - afirmou Jarbas Vasconcelos. (Fonte> Ag.Senado)
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