A odisseia do Independente de volta ao local onde está acostumado a cantar de Galo começou na manhã de uma outrora preguiçosa segunda-feira. O cansaço foi esquecido pelos eufóricos jogadores, que, de taça na mão, faixas no peito e galos (de brinquedo ou não) a tiracolo, pegaram um ônibus às 10 horas com destino a Tucuruí. Ainda no ônibus os jogadores cantavam músicas comemorativas e lembravam do padecimento do Papão. Mas a viagem era longa e também houve espaço para pequenos cochilos. Afinal, a melhor parte ainda estava por vir.
Perto de 16 horas o ônibus que transportava a delegação chegou em Breu Branco, onde a festa acontecia, ainda que em menor escala. A parada na cidade vizinha a Tucuruí, que abriga um grande número de torcedores do Galo e é terra natal do volante Moisés, deu início a uma carreata sem precedentes naquela região paraense: segundo o técnico do time, Sinomar Naves, e do assessor da prefeitura de Tucuruí, Jean Ribeiro, mais de mil carros estavam enfileirados. "Parecia um daqueles engarrafamentos de saída de grandes cidades para um feriado", disse o técnico Sinomar Naves, com a voz cansada, mas feliz. A cidade até não pode ser das grandes. Mas a parte do feriado até que corresponde: o prefeito da cidade Sancler Ferreira decretou ponto facultativo em Tucuruí. A vizinha Breu Branco entrou na onda, ainda que não oficialmente.
O trajeto entre Breu Branco e Tucuruí, que normalmente não dura mais que 20 minutos, ontem foi lento. E nem por isso tedioso: a medida que o ônibus se aproximou da barragem da UHE de Tucuruí o trânsito parou e só abriu passagem para os campeões, que a partir do km 11 foram seguidos por ainda mais veículos para adentrar na cidade. Já na cidade natal, o Galo foi recebido de maneira apoteótica. O time teve um caminhão do Corpo de Bombeiros para iniciar o desfile com a taça. Nesse ponto, a carreata recebu o reforço de uma passeata, com milhares de torcedores do Galo que cantavam músicas alusivas ao clube e carregavam bandeiras.
O time seguiu em cortejo até a escadaria de Santo Antônio, local onde ontem esteve armado o telão. Mais uma vez o público estimado foi de 20 mil pessoas nas ruas. Na escadaria, onde o time usufruiu da estrutura montada para festa junina, houve ainda um show com a banda Soul Garoto. E a festa continuou. Sem hora para acabar. (Texto: Amazônia - Foto: Diário do Pará)
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