Por Maurício Gieseler de Assis:
Meu falecido pai me dizia que as guerras sempre têm por detrás dos motivos aparentes uma razão econômica para acontecerem. E ele tinha razão. Ele dizia também que na guerra a primeira a morrer é a verdade. Mais uma vez ele tinha razão.
Há uma guerra surda, quase velada, e o parecer do Ministério Público Federal nos autos do RE 603.583, contrário ao Exame de Ordem, é apenas uma tênue manifestação dela. O pior é que talvez um dos combatentes sequer saiba de que está em guerra. E se não sabe, talvez essa ignorância seja resultado de uma sensação de intangibilidade. Sensação ilusória de intangibilidade...
Ontem me dei conta de que o risco de o Exame de Ordem acabar é real, extremamente real, e a OAB não está se apercebendo disso. Lembro-me bem da sensação de perplexidade ao tomar conhecimento do parecer do MPF contrário ao Exame. Perplexidade sentida não só por mim, mas pelos advogados e pela comunidade jurídica em geral.
Na cabeça da esmagadora maioria os advogados, a simples percepção da magnitude do estrago que o fim do Exame de Ordem imporia a classe passa a certeza quase absoluta da impossibilidade do fim do Exame: as consequências seriam funestas.
Aí vamos viver a era dos incompetentes.
ResponderExcluirQue bom seria se o Exame da Ordemm garantisse competência.
ResponderExcluirEu não estaria calejado de tanto procurar um advogado confiável.
O principal, que é a ética, é coisa pouco abundante, não só entre os advogados como, de resto, em qualquer outra profissão.
Só para contrariar o comentarista das 00:38, do dia 24: Conheço muitos aprovados pela OAB que são medíocres profissionais do Direito. Lastimável, mas é verdade.