Definitivamente, o tema tornou-se recorrente nos Estados Unidos. Depois que as escolas da Califórnia tornaram-se obrigadas, por lei, a lecionar sobre o que tem sido chamado de "história dos gays americanos", o Senado federal do país aprovou, nesta segunda-feira (18/7), a nomeação do primeiro juiz federal assumidamente gay da história da Justiça americana.
Articulistas de diferentes veículos da imprensa local têm observado que, enquanto o Poder Executivo e o Congresso dos Estados Unidos seguem sem tréguas no implacável impasse para determinar o teto da dívida pública do país, "polêmicas secundárias", geralmente ligadas a questões ideológicas, têm ganhado manchetes de jornais e a atenção da opinião pública. Tudo indica que a relação entre Justiça e questões de gênero, sobretudo referentes ao homessexualismo, é um desses "tópicos secundários".
A maioria dos senadores confirmou, nesta segunda-feira (18/7), J. Paul Oetken no cargo de juiz federal do Distrito Sul de Nova York, fazendo dele o primeiro homem declaradamente homossexual a ser nomeado para ocupar um posto em uma corte federal no país. Oetken foi indicado pelo presidente Barack Obama em janeiro deste ano.
Um exemplo de como questões ideológicas e políticas dão o tom nos bastidores da Justiça americana é que, na Corte Federal do Distrito Sul de Nova York, Oetken vai ser colega, justamente, da única juíza assumidamente lésbica do circuito de cortes federais dos EUA, Deborah Batts. Ela foi apontada ao cargo pelo presidente Bill Clinton em 1994. O tema é controverso apesar da aprovação tranquila no Senado, que, segundo alguns articulistas, foi beneficiada por conta de as atenções estarem voltadas ao impasse sobre o teto da dívida pública. Vale lembrar que, em abril, o juiz-chefe da Corte Federal do Norte da Califórnia, Vaughn Walker, que julgava a ação que pretendia revogar a lei do estado que legalizava casamentos entre casais do mesmo sexo, deixou o posto, ao assumir que era gay. (Fonte: Conjur)
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