O governo anunciou [ontem] que vai liberar R$ 400 milhões para a reforma agrária, a serem usados na compra de terras para assentar em caráter emergencial 20 mil famílias acampadas em todo o Brasil. A medida foi tomada como resposta a uma série de protestos realizados pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e outros movimentos sociais que compõem a Via Campesina.
Representantes da organização se encontraram por duas vezes nesta semana com a presidente Dilma Rousseff. [Ontem], o MST voltou inclusive a bloquear entrada do Ministério da Fazenda, mas não chegou a invadir o prédio.
O anúncio foi feito pelo ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República. Apesar de não divulgar uma data certa, ele garantiu que o dinheiro será liberado ainda neste ano. Carvalho informou que no dia 21 de setembro, haverá uma reunião no Palácio do Planalto para acertar como a verba será gasta.
O ministro também disse que o governo vai apresentar uma proposta de refinanciamento das dívidas dos pequenos agricultores. Segundo Carvalho, quem tiver dívidas de até R$ 20 mil poderá renegociar o pagamento por até sete anos, com juros de 2% ao ano. Para autorizar o refinanciamento da dívida, a União vai exigir o pagamento inicial de 10% do valor do débito - uma proposta com a qual os agricultores não concordam. - Nós abrimos as portas para um diálogo que é tenso. As demandas dos movimentos são muitas e são amplas, e nós procuramos, na medida do possível, atender a essas demandas. Nós chegamos no limite das nossas possibilidades. Esperamos que tenhamos atendido às principais reivindicações - afirmou Carvalho. (O Globo)
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