Fale com este blog

E-mail: ercio.remista@hotmail.com
Celular/watsap: (91) 989174477
Para ler postagens mais antigas, escolha e clique em um dos marcadores relacionados ao lado direito desta página. Exemplo: clique em Santarém e aparecerão todas as postagens referentes à terra querida. Para fazer comentários, eis o modo mais fácil: no rodapé da postagem clique em "comentários". Na caixinha "Comentar como" escolha uma das opções. Escreva o seu comentário e clique em "Postar comentário".

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Dilma demite Jobim e nomeia Celso Amorim para a Defesa

Após uma série de declarações polêmicas, foi confirmada nesta quinta-feira (4) a saída de Nelson Jobim (PMDB-RS) do Ministério da Defesa. A respeito disso, é importante mencionar que desde o início do governo Dilma Rousseff, em janeiro, Jobim nunca foi uma unanimidade no Palácio do Planalto.

Sua manutenção na Defesa era creditada à quota pessoal do ex-presidente Lula. Nem mesmo o PMDB, partido de Nelson Jobim, considerava a pasta como quota do partido.

Nos últimos dias, uma série de declarações polêmicas tornou insustentável a permanência de Nelson Jobim no Ministério.

Primeiro, deu a entender que estava “cercado de idiotas no governo”. Segundo, afirmou ter votado em José Serra na disputa presidencial do ano passado. Por fim, a entrevista que deu à revista Piauí. Nela, Jobim teria classificado a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti (PT-SC), como “muito fraquinha”. Também teria dito que a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT-PR), “nem sequer conhece Brasília”.

De acordo com a revista, ao se referir às negociações sobre o sigilo eterno de documentos relacionados à ditadura, o agora ex-ministro teria afirmado que a gestão do núcleo do governo Dilma Rousseff é “muito atrapalhada”.

O substituto de Nelson Jobim será o ex-ministro das Relações Exteriores durante o governo Lula, Celso Amorim (ver perfil abaixo). A escolha reafirma a influência do ex-presidente na atual gestão.

Embora numericamente o PMDB tenha perdido uma pasta (tinha seis e agora passa a ter cinco ministros), o Ministério da Defesa, conforme afirmamos anteriormente, não era considerado pelo próprio partido como sendo da sua quota. Para evitar, portanto, que a saída de Jobim abrisse uma disputa entre aliados (o PMDB, por exemplo, já estaria articulando o nome de Moreira Franco para o cargo), Dilma agiu rápido e prontamente indicou o nome do novo ministro.

O novo ministro da Defesa foi filiado ao PMDB e recentemente migrou para o PT. No entanto, nunca teve militância partidária. De qualquer forma, a indicação de Amorim aumenta a presença do PT na equipe ministerial de Dilma e, consequentemente, pode causar ciúmes entre os demais aliados.

A rápida substituição de ministros está se constituindo numa característica do governo Dilma Rousseff. Embora o ex-ministro Antonio Palocci tenha resistido um pouco mais, a presidente, após a queda de Palocci, escolheu Gleisi Hoffmann para a Casa Civil. A troca de Ideli Salvatti, que estava na Pesca, por Luiz Sérgio, então ministro das Relações Institucionais, surpreendeu. Dilma também foi extremamente rápida na escolha de Paulo Sérgio Passos para o lugar de Alfredo Nascimento no Ministério dos Transportes.

Em que pese o momento negativo do governo na relação com os aliados (já foram trocados quatro ministros em oito meses de governo), a percepção da opinião pública em relação ao governo Dilma é positiva.

Segundo pesquisa do instituto Vox Populi, contratada e divulgada hoje no Rio de Janeiro durante a reunião da Executiva Nacional do PT, 71% dos entrevistados avaliam positivamente o governo Dilma Rousseff. Apenas 29% tem uma percepção negativa da atual gestão. (Estadão.com)

Nenhum comentário:

Postar um comentário