A partir de agora, Ubiratan ocupa a cadeira 32, que já teve três imortais, o poeta Alonso Rocha, que ocupou o assento por 48 anos, e os poetas e também jornalistas Bruno de Menezes e Olavo Nunes, este último, fundador da APL. Em seu discurso de posse, agradeceu as autoridades e personalidades presentes, em especial à família de Alonso Rocha, presente na cerimônia, e iniciou sua fala lembrando que já havia assumido a tribuna de honra, em novembro de 2008, onde proferiu a palestra de abertura da XII Semana Cultural da APL, e que jamais pensava em retornar à casa, muito menos assumindo tamanha responsabilidade.
"As academias de letras não foram criadas por Platão para reunirem apenas um segmento da sociedade. Elas devem congregar poetas, ensaístas, prosadores, romancistas (...). Esta academia deve abrir as portas para o povo, tanto para que ele assista as reuniões literárias como para aqueles que cultuam as letras e têm vocação literária", acredita Ubiratan, que vive o jornalismo paraense há 64 anos.
Na mesa estava o também jornalista e colunista Bernardino Santos, que considera o ingresso de Ubiratan uma conquista. "Esta é uma grande conquista para nós, colunistas sociais, ao ver nosso amigo Ubiratan representando nosso trabalho. A partir de agora ele é uma referência da crônica social paraense aqui dentro desta saudosa academia. Ele, que começou poeta, passou pela reportagem, tornou-se colunista e hoje, um imortal, é um grande orgulho para nós, mais ainda por ser nosso colega de redação e de O LIBERAL", disse.
Ainda durante seu discurso, Ubirantan ressaltou, dentre seus antecessores, a imagem do imortal e amigo, Leonam Godim da Cruz, que ocupava a cadeira de número 6 da APL. "Uma lembrança neste momento toma conta da minha mente e de meu coração. Daqui, desta tribuna, vislumbro ali, à cadeira nº 6, que todos presumem estar vazia. Ledo engano. Vejo o titular daquela cadeira nela sentado trajando sua opalanda e sorrindo. Meu inesquecível colega de jornal, quando iniciei a minha vida de jornalista no ano de 1947. Enquanto não for eleito o novo acadêmico para a cadeira nº 6, estarei vendo Leonam sentado lá e participando das reuniões", destacou.
Sobre Ubiratan, o presidente da APL, Antônio José Matos, considera que sua presença preenche uma lacuna que há muito se sentia na academia. "Ele (Ubiritan) preenche e representa o segmento da crônica social. O objetivo desta casa é difundir cultura, esta é uma festa da cultura", enalteceu. Em breve discurso, o vice-presidente da casa, Alcyr Meira, realçou as boas-vindas. "O novo imortal que acaba de ser admitido é fundamentalmente jornalista e no seu métier ganhou penas e asas que o levaram a alçar voo ao mundo encantado da crônica. Os seus relatos envolveram e continuam envolvendo fatos e pessoas, usos e costumes, enfim episódios que muitas vezes marcam o destino de um indivíduo, de um grupo e até mesmo de uma comunidade", completou. (No Amazônia)
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