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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Susipe foi informada de 'visita' de menores

O agentes prisionais demitidos da Colônia Agrícola Heleno Fragoso (CAHF) denunciaram que os presos de Justiça têm para entrar e sair daquela casa penal, uma vez que não há policiamento no local. Segundo eles, essas irregularidades eram do conhecimento da Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe), para a qual esses fatos foram relatados por escrito. Eles, inclusive, exibiram um documento datado do dia 1º deste mês e assinado pelo então diretor da colônia, Andrés de Albuquerque Núnez, que foi exonerado pelo governo do Estado. Também endereçado à Susipe, ele diz: 'Informo, em caráter de urgência, que adolescentes estão frequentando a Colônia Agrícola nos finais de semana. Não permitiremos que esta casa torne-se uma casa de prostituição'. Mais: 'Para tanto, peço ajuda a fim de solucionarmos este problema o mais rápido possível. Aproveito ainda para lhe solicitar nova revista o mais depressa possível, pois temos a informar da presença de arma de fogo nos alojamentos. Fato este comunicado pelos agentes prisionais que tiram serviço na guarita Delta I, que vêm sendo ameaçados pelos detentos que empreendem fuga'.


Reunidos na sede do sindicato da categoria, os agentes prisionais afirmaram que, em grupos de 20, 30 ou mais, os internos deixam a colônia, que fica em uma área extensa e cercada de mata fechada, para a qual retornam, horas depois, trazendo mochilas nas quais, suspeitam eles, há bebidas alcoólicas, drogas, celulares e até mesmo armas de fogo. À imprensa, os agentes prisionais exibiram os relatos que fazem em seus livros de ocorrências, no quais mencionam o que acontece na colônia.

Eles garantiram que a adolescente de 14 anos não foi abusada na colônia, mas em um igarapé distante aproximadamente dois quilômetros dos alojamentos e nos quais os presos se reúnem para consumir bebidas e drogas. Pedindo para não ser identificados, os agentes disseram que, no dia 7 de setembro deste ano, 146 presos saíram da colônia. Detalhe: eles não foram beneficiados por uma saída temporária, aquela autorizada pela Justiça. Nada disso. Em grupos, eles simplesmente foram saindo no decorrer do dia, fugindo pela mata, que dá acesso, por exemplo, à BR-316, de onde podem seguir para Belém, Castanhal ou algum local às proximidades. E retornaram à casa penal às 18 horas, horário em que são trancados e é feita a conferência. (Portal ORM)

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