Outro fato que chamou a atenção do MPE foi que os desembargadores também desconsideraram os laudos periciais que comprovaram a violência sexual sofrida pela adolescente. "A jurisprudência dos tribunais brasileiros acata a palavra da vítima e nesse caso há também laudos confirmando que a adolescente sofreu violência sexual. Qual o motivo de todos esses documentos terem sido ignorados?", disse a promotora Célia Cilocreão.
O Promotor Samir Dahas, presidente da Associação dos membros do Ministério Público do Estado disse que não há dúvidas de que Sefer é culpado, baseado nas provas contidas no processo. "O MPE está absolutamente convencido da culpabilidade de Sefer, acreditamos que os Tribunais Superiores irão manter a condenação e nós vamos recorrer ao Superior Tribunal de Justiça justamente para isso", explicou Dahas.
Apesar de ter absolvido Sefer no dia 6 de outubro, o Tribunal de Justiça do Estado ainda não devolveu os autos do processo para o Ministério Público, que por isso ainda não pode recorrer da decisão. Neste caso há, pelo menos, três tipos de recursos a serem empetrados, um no próprio TJE, chamado de Embargo de Decisão, que busca explicações sobre dúvidas e contradições na julgamento dos desembargadores. Há também o Recurso Especial, no Superior Tribunal de Justiça em Brasília, onde o Ministério Público pretende questionar a se leis federais podem ter deixado de ser consideradas durante o julgamento dos desembargadores. O MPE pode também recorrer ao Supremo Tribunal Federal, nesse caso será analisada a questão constitucional do processo. (DOL)
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