O deputado Zenaldo Coutinho, coordenador da Frente contra a criação do Estado de Carajás, foi o último entrevistao da série da TV Liberal exibida até ontem no jornal Liberal 1ª edição. Durante a entrevista, feita pela jornalista Priscilla Castro, o parlamentar defendeu a união de forças ao invés da divisão do Estado. "Estes projetos de divisão são os mais atrasados e mais elitistas que poderiam ser apresentados para o povo. É atrasado porque a tendência mundial hoje, na iniciativa privada, por exemplo, é a junção de grandes grupos econômicos para ficarem mais fortes. No âmbito da política também, os países têm se unido", afirmou o parlamentar, ressaltando que as potências que mais crescem no mundo hoje são os países grandes como Brasil, Rússia, Índia e China.
Ele também criticou o novo desenho geográfico que o Plebiscito vai impor ao Estado. "Aqui querem propor a divisão e o pior: deixar apenas 17% do nosso território, é quase nada, pois o Tapajós teria 59% do território, mas sem condições de administrar porque as despesas seriam muito maiores, inclusive, em relação ao seu PIB. O aumento das despesas públicas não é bom para ninguém. As três regiões perdem", afirmou Zenaldo, ressaltando que o movimento separatista é controlado por pessoas que são de fora do Estado.
Questionado se as grandes dimensões do Pará não dificultam uma melhor distribuição dos investimentos, Zenaldo ponderou, dizendo que a solução, neste caso, seria discutir uma melhor forma de captação de recursos. "Se tamanho fosse importante para realizar o sonho das pessoas, os estados de Sergipe, Amapá e Alagoas seriam extraordinários e não são. O que precisamos é de políticas integradas, é ampliar os serviços de transporte, segurança pública e educação. Ao invés de estarmos nesta disputa aqui entre irmãos, deveríamos estar bem unidos em Brasília brigando por mais recursos", disse. (Amazônia)
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