Cheia de liberdades poéticas, a ópera "Angel of the Amazon" estreou em Nova York em maio, e sua temporada em Boston começaria ontem à noite, com elenco do Boston Metro Opera.
Não chega a ser uma biografia de Dorothy. Em dois atos, com cerca de uma hora e meia de duração, a ideia é mostrar uma freira que deixa de usar o hábito para se juntar aos pobres de uma comunidade que vive da floresta. O roteiro se sustenta na luta dela contra um sistema corrupto, até a sua morte.
Os demais personagens são fictícios. Os dois mandantes do crime condenados pela Justiça brasileira se juntaram no vilão Vito, madeireiro que repete a toda hora ser o verdadeiro dono das terras onde vive a comunidade. O vilão conta com a ajuda do delegado de polícia e de um funcionário do Incra (instituto responsável pela reforma agrária e pela regularização fundiária no Brasil).
Mr. Rico, servidor do Incra, é "o arquétipo da corrupção que ocorreu durante o trabalho de Dorothy", disse à Folha o compositor Evan Mack.
Mack nunca esteve no Brasil, mas afirmou por telefone ter se baseado em "palavras e perspectivas" da missionária, registradas em cartas que ela escreveu de 1969 até as vésperas do assassinato. Também levou em conta três biografias e um documentário -"Mataram a Irmã Dorothy" (2007), do norte-americano Daniel Junge. (Folha de S.Paulo)
Condenado por morte de missionária terá regime semiaberto - Um dos condenados pela morte da missionária norte-americana Dorothy Stang, o fazendeiro Vitalmiro Bastos Moura, o Bida, obteve na Justiça o direito a cumprir pena em regime semiaberto.
Bida foi condenado, em 2005, a 30 anos de prisão sob acusação de ser um dos mandantes do assassinato de Dorothy. Ele está preso em uma penitenciária em Belém.
A progressão de regime foi obtida porque Bida já cumpriu cinco anos e quatro meses de reclusão, mais do que um sexto da pena (o mínimo exigido por lei).
O benefício foi concedido na última sexta-feira (21). Bida sairá da cela onde cumpre pena em regime fechado com outras 14 pessoas e irá para uma cela do regime semiaberto.
Terá direito a sair cinco vezes ao ano, para a comemoração de datas festivas, e também para trabalhar, caso obtenha um emprego.
O fazendeiro ainda tenta ser transferido para um presídio em Altamira (oeste do Pará), onde vive sua família, mas a Justiça até agora negou-lhe esse pedido. - "Nosso objetivo maior é obter a transferência para Altamira. Com o regime semiaberto, lá fica mais fácil para ele conseguir trabalho e ele ficará mais perto da famíliaº, afirmou o advogado Raimundo Pereira Cavalcante.(Folha Online)
Enquanto isso por aqui os mandões da cultura teimam em repetir as manjadas óperas italianas.
ResponderExcluirManuela Franco, Tucuruí