A descoberta de uma ossada humana na última segunda-feira, na comunidade Espírito Santos, em Mosqueiro, revoltou moradores da localidade. Os ossos seriam de um bebê recém-nascido, supostamente enterrado vivo pela própria avó, a doméstica Maria Oneide da Silva Lobato, que está presa na seccional de Mosqueiro. A mulher pode ter praticado o crime com a ajuda da filha, uma adolescente de 16 anos, que seria mãe da criança e que foi encaminhada para o Conselho Tutelar local. O crime chocou moradores da pequena comunidade que, revoltados, atearam fogo e destruíram a casa de Maria Oneide.
De acordo com informações de moradores da localidade, a doméstica enterrou o neto há um mês, minutos após o bebê ter nascido. "Elas esconderam a gravidez durante os nove meses, pois as suspeitas eram de que o bebê fosse filho do padrasto da menina. A mãe sabia de tudo, por isso cuidou de acabar com o bebê. Elas diziam que a barriga grande era um cisto que a menina tinha. Todos os moradores sabiam que o padrasto abusava da menina", relatou uma moradora do local. Segundo ela, a vizinhança estranhou quando a adolescente apareceu sem a barriga. "Um dia a menina estava com a barriga e no dia seguinte o volume desapareceu. Passamos a desconfiar, até que na última segunda-feira encontramos o crânio do bebê e depois os restos mortais, que estavam enterrados no mato. Os cachorros estavam comendo os ossos da criança", completou a moradora.
A polícia foi acionada e prendeu a doméstica e o companheiro dela, o lavrador Luis Silveira de Oliveira, apontado como o pai da criança. Na seccional, o lavrador negou ter abusado sexualmente da enteada. "Existe a informação de que o padrasto seria o pai do bebê, mas a menina nega e diz que o pai seria um vaqueiro da região conhecido apenas como Maciel. O que sabemos é que a mãe da adolescente sabia de tudo, tanto que a menina confirma que o bebê foi enterrado pela avó ainda vivo. Tanto a avó quanto o marido responderão por ocultação de cadáver", declarou a delegada Luzia Negrão.
Ao Conselho Tutelar de Mosqueiro a adolescente confirmou ter tido o bebê há um mês e que a criança foi enterrada em um terreno localizado em frente da casa da mãe. "Ela relatou que realmente estava grávida, mas inocenta o padrasto. Estivemos no matagal onde a criança foi enterrada e realmente existiam ossos no local", declarou a conselheira tutelar Carla Barbosa.
O assassinato ocorreu na tarde do último sábado, mas o cadáver do lavrador só foi encontrado na manhã de ontem, no assentamento 19 de Abril, situado no km 9 da PA-391. O corpo estava enterrado em uma cova rasa ao lado de um rio próximo ao sítio da vítima. Adelson foi preso dentro de um micro-ônibus, no Portal da Ilha, quando se preparava para fugir do local. O coletivo foi interceptado por uma viatura policial comandada pelo tenente Jofre, da 9ª Zona de Policiamento (Zpol).
Adelson Barros deu detalhes sobre o que motivou o assassinato do pai. "Trabalhei e precisava receber, mas ele se negou a pagar o que eu realmente merecia", relatou o jovem, que confessou ter aproveitado um momento de distração do pai para matá-lo. "Ele estava lavando roupa na beira do rio e eu aproveitei para aplicar os golpes. Quando dei o primeiro golpe na testa ele pediu para que eu parasse, mas aí dei logo o segundo. Ele morreu rápido e eu enterrei o corpo. Sabia que iriam descobrir o corpo, por isso resolvi vender os animais do sítio para conseguir dinheiro para fugir", contou, sem demonstrar arrependimento.
Levado para a Seccional Urbana de Mosqueiro, Adelson admitiu que não valeu a pena ter praticado o crime. "Não me arrependo de ter tirado a vida dele, pois me devia dinheiro, mas sei que isso não adiantou nada, pois agora terei que pagar pelo crime", completou o rapaz, que confessou ter conseguido R$ 250,00 com a venda de três porcos, três galinhas e cinco patos que o pai criava. (Amazônia)
EU ESTAVA DENTRO DO ONIBUS, E QUEM PAROU O ONIBUS E PRENDEU O FILHO DO SEU LEITE FORAM DOIS GUARDAS MUNICIPAIS DO PORTAL.
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