Santa Cecília
Hoje (22) é o Dia de Santa Cecília e Dia dos Músicos ou musicistas, que têm o dom de tocar instrumentos, compor melodias, harmonias e de fazer canções que durante toda a nossa vida serão muito importantes. Parabéns a esses profissionais maravilhosos.
Neste dia especial, faço uma homenagem àqueles músicos dos velhos tempos que tanto encantaram nossa geração: Adalgiso e Mimi Paixão, Manduca, Sinésio, Seu Dudu, Perílio,Quidó, Nicanor, Laudelino, Carlos Castro, Luciano, Nem e seu Mano Pedro e tantos outros. .
ResponderExcluirjoséwilson maheiros
Certa vez, o cardeal dom Paulo Evaristo Arns assim definiu: "A música, que eleva a palavra e o sentimento até a sua última expressão humana, interpreta o nosso coração e nos une ao Deus de toda beleza e bondade".
A vida de Cecília foi música, cuja letra se tornou uma tradição cristã e cujos mistérios até hoje elevam os sentimentos de nossa alma a Deus. Era de família romana pagã, nobre, rica e influente. Adorava estudar música, principalmente a sacra, filosofia e o Evangelho. Desde a infância era religiosa e, por decisão própria, afastou-se dos prazeres da Corte, para ser de Cristo, pelo voto secreto de virgindade. Os pais acertaram seu casamento com Valeriano, também da nobreza romana. Ao receber a notícia, Cecília rezou pedindo proteção do seu anjo da guarda, de Maria e de Deus, para não romper com o voto.
Após as núpcias, Cecília contou ao marido que era cristã e do seu compromisso de castidade. Valeriano ficou comovido com a sinceridade da esposa e prometeu também proteger sua pureza. Mas para isso queria ver tal anjo. Ela o aconselhou a visitar o papa Urbano, que, devido à perseguição, estava refugiado nas catacumbas. O jovem esposo ficou sabendo que antes era preciso acreditar na Palavra. Ouviu a longa pregação e, no final, converteu-se e foi batizado. Valeriano cumpriu a promessa. Um dia, ao chegar em casa, viu Cecília rezando e, ao seu lado, o anjo da guarda.
Entretanto a denúncia de que Cecília era cristã e da conversão do marido e do cunhado chegou às autoridades romanas. Foram presos quando ajudavam a sepultar os corpos dos mártires nas catacumbas. Julgados, recusaram-se a renegar a fé e foram decapitados. Primeiro, Valeriano e, por último, Cecília.
O prefeito de Roma falou com ela em consideração às famílias ilustres a que pertenciam, e exigiu que abandonassem a religião, sob pena de morte. Como Cecília se negou, foi colocada no próprio balneário do seu palacete, para morrer asfixiada pelos vapores. Mas saiu ilesa. Então foi tentada a decapitação. O carrasco a golpeou três vezes e, mesmo assim, sua cabeça permaneceu ligada ao corpo. Mortalmente ferida, ficou no chão três dias, durante os quais animou os cristãos que foram vê-la a não renegarem a fé. Os soldados pagãos que presenciaram tudo se converteram.
O seu corpo foi enterrado nas catacumbas romanas. Mais tarde, devido às sucessivas invasões ocorridas em Roma, as relíquias de vários mártires sepultadas lá foram trasladadas para inúmeras igrejas. As suas, entretanto, permaneceram perdidas naquelas ruínas por muitos séculos. Mas no terreno do seu antigo palácio foi construída a igreja de Santa Cecília, onde era celebrada a sua memória no dia 22 de novembro já no século VI.
Entre os anos 817 e 824, o papa Pascoal I teve uma visão de santa Cecília e o seu caixão foi encontrado e aberto. E seu corpo permanecera intacto. Depois, foi fechado e colocado numa urna de mármore sob o altar daquela igreja dedicada a ela.Em 1559, o cardeal Sfondrati ordenou nova abertura do esquife e viu-se que o corpo permanecia da mesma forma.
A devoção à sua santidade avançou pelos séculos sempre acompanhada de milagres. Santa Cecília é das mais veneradas pelos fiéis cristãos, do Ocidente e do Oriente, na sua festa do dia 22 de novembro. Seu nome vem citado no cânon da missa e desde o século XV é celebrada como padroeira da música e do canto sacro.