Para a "Economist", a "faxina" iniciada pelo Planalto é popular e a própria presidente desfruta de um prestígio nunca antes conquistado por ela. No entanto, a situação política que permite a troca de benesses prejudica o seu desempenho.
O texto ressalta que todos os presidentes, desde a redemocratização, "fizeram variadas coligações para obter maioria no Legislativo". Porém, hoje, o "sistema" é nítido: partidos participam dos ministérios em troca do voto no Congresso e detêm o poder de fundos públicos para expandir os seus tentáculos no poder. Ela poderia ser mais radical em sua política de limpeza
Dilma é ilustrada nas páginas da revista com uma vassoura na mão tentando conter porcos amontoados no entorno Congresso Nacional.
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, é o personagem identificado como o próximo alvo - sua saída "parece ser apenas uma questão de tempo". O comportamento que já o levou a ser chamado de "fanfarrão" por parlamentares também chamou atenção da revista. O artigo cita o momento em que Lupi mentiu na Câmara e a frase polêmica proferida pelo admirador de Leonel Brizola: "só saio a bala".
A revista diz que Dilma é mais moderada em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando trata do Orçamento. Ela contemplaria com menos vontade os políticos por meio das emendas parlamentares.
No último parágrafo, a publicação sugere um novo caminho político para Dilma:
"A maior parte da agenda política da presidente -melhorar educação e saúde, eliminar a pobreza extrema e investir em infraestrutura - não requer aprovação do Congresso. Ela poderia ser mais radical em sua política de limpeza" (O Globo)
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