De acordo com pesquisa semelhante feita pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp), os déficits podem ser maiores, dependendo dos investimentos necessários em infraestrutura. Isso poderia levar a desequilíbrios financeiros e implicações para infraestrutura, equipamentos públicos e outros investimentos.
Para a técnica do Idesp Lúcia Andrade, mesmo que o estado não seja separado, as discussões e pesquisas realizadas recentemente indicam e poderão levar a “um novo modelo de desenvolvimento”, que possibilite uma descentralização dos investimentos e das decisões de governo.
O coordenador do Núcleo de Meio Ambiente da Universidade Federal do Pará (Ufpa), Gilberto Rocha, considera que a população paraense teve pouco tempo para discutir sobre seu futuro. Além disso, ele ressalta que 66% do território do estado são compostos de terras federais, incluindo unidades de conservação, assentamentos, áreas indígenas, onde o governo estadual não tem autonomia.
Tanto Rocha quanto Lúcia Andrade disseram esperar que, apesar do tempo reduzido para as discussões e pesquisas sobre a divisão, a metodologia usada para estudar as consequências da divisão do Pará sirva para outros casos no futuro. Atualmente, existem 23 projetos de divisão de regiões tramitando no Congresso Nacional, mais do que na época da Constituinte, em 1988, quando eram 17, segundo os pesquisadores.
No plebiscito do dia 11, sobre a divisão do estado, os eleitores do Pará responderão a duas perguntas: a primeira, se eles são a favor ou contra a criação do estado do Tapajós. Em seguida, os paraenses responderão se são favoráveis ou não à criação do estado de Carajás. A ordem das perguntas foi definida em sorteio, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O voto é obrigatório para quem tem título de eleitor do Pará, e os que estiverem fora do domicílio eleitoral têm o prazo de 60 dias para justificar a ausência. (Portal ORM)
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