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sábado, 26 de novembro de 2011

Greve no BASA deve ter fim em dissídio. Impasse entre funcionários e banqueiros leva ao 61º dia de paralisação.

O impasse na negociação entre os funcionários do Banco da Amazônia e os banqueiros deve ter fim apenas no dissídio coletivo previsto para dezembro. Depois de 60 dias de greve, completados ontem, quase 70% da categoria ainda aguarda de braços cruzados o posicionamento do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Os empregados do banco nos estados do Amapá, Amazonas, Rondônia, Maranhão e Tocantins também não voltaram ao trabalho. A última conversa entre os banqueiros e os trabalhadores foi na semana passada, quando foi apresentada a proposta de reajuste de 10% sobre a tabela de cargos, quinquênios e anuênios em duas parcelas: 9% em setembro de 2011 e 1% em março de 2012. Em assembleia realizada na última segunda-feira os bancários rejeitaram a proposta, em função do aumento não alcançar o plano de saúde.

Para o presidente da Associação dos Empregados do Banco da Amazônia (Aeba), Silvio Kanner, a greve ganhou força com a rejeição da última assembleia. "A recusa da categoria nos demais Estados, ajudou a intensificar o movimento. Kanner assegura que na última quinta-feira, uma contraproposta foi apresentada à diretoria do banco, porém, não houve resposta. "O comando da greve fez uma reunião com os líderes do banco, com os delegados sindicais e com representantes, para tentar montar uma proposta. Ficou acertado que aceitaríamos a última oferta apresentada pelo banco, desde que fosse incluído no rol das verbas reajustadas pelo índice de 9% o plano de saúde", informou.

Os representantes da categoria alegam falta de diálogo com a diretoria do banco. "O problema, ao meu ver, está no campo político. Para nós, o melhor é negociar antes do dissídio", pontua o presidente. De acordo com a diretora de articulação sindical da Aeba, Andrea Amaral, uma das preocupações que ronda a cabeça dos empregados gira em torno da economia de alguns municípios, cuja população depende do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO). "Das dez unidades que atendem os clientes do Amazônia Florescer, apenas duas funcionam, e ainda parcialmente", esclarece.

Na opinião da Andrea, quem vai decidir é o TST. "Ainda acreditamos em uma resolução negociada. No entanto, se isso não acontecer, o nosso dissídio deve ser julgado até 12 de dezembro", calcula.

Em nota, o Banco da Amazônia informou que retirou a proposta de acordo formulada na audiência realizada na Procuradoria do Ministério Público do Trabalho, em Brasília, bem como a que foi objeto de apreciação nas referidas assembleias. O banco comunicará o fato ao representante do Ministério Público, solicitando agilidade em sua manifestação no processo de dissídio. (Amazônia)

3 comentários:

  1. AEBA - ENCAMINHAMENTO CONTRAPROPOSTA

    NOTÍCIAS
    Contraproposta encaminhada ao Banco foi recusada pela Instituição.
    Belém, 25/11/2011 12h42
    Os funcionários do Banco da Amazônia comemoram hoje, 25/11, 60 dias em greve e de luta por seus direitos. Sessenta dias onde a diretoria não demonstrou nenhum interesse em negociar realmente com a categoria, demonstrou sim um profundo desrespeitando os seus funcionários, apresentando propostas indecentes, que não supriam as necessidades dos bancários.

    Durante a manifestação de hoje, realizada em frente à matriz do Banco, os diretores da AEBA, José Hermógenes, Marlon George e Andrea Amaral, e o Conselheiro Fiscal suplente da AEBA, Neynaldo Silva reiteraram a importância da continuação da greve até o julgamento do Dissídio.

    O presidente da AEBA, Silvio Kanner, frisou “esses 60 dias em greve significa muita coisa para a categoria: a luta para se conquistar a vitória, fechando um acordo que atenda as nossas necessidades. Ontem, abrimos mais um importante processo de negociação com o Banco, apresentamos a eles, formalmente, uma contraproposta articulada com as entidades representativas da categoria. Esperamos que seja fortalecido este processo de luta entre os empregados, precisamos estar unidos e mobilizados, pois muita coisa ainda precisa ser conquistada.”

    Com ênfase na questão do reembolso Saúde, a contraproposta elaborada em conjunto com representantes da categoria, AEBA, SEEB/MA e apresentada ontem, 24/11, ao Banco, foi recusada pela diretoria e encaminhado à AEBA no final da manhã de hoje alegando que as negociações encerraram-se no dia 19/10, véspera das assembleias que rejeitaram a última proposta apresentada oficialmente por eles, e que dois dias depois, 21/10, o Banco interpôs ação de Dissídio Coletivo perante o TST, voltando a apresentar soluções negociais, de única e exclusivamente atendimento às autoridades judiciais, a quem compete, agora, decidir o Dissídio instaurado.

    Confira na integra a proposta apresentada pelas entidades.

    Carta de Recusa da proposta enviada pelo Banco.

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  2. OS SALÁRIOS DO BASA SÃO OS MENORES DE TODOS OS BANCOS, INCLUSIVE DOS PRIVADOS.

    Os salários no BASA, de um modo geral, são os menores dentre todos os bancos, inclusive dos privados. Para que se tenha ideia dessa situação, o BASA chamou para admissão, em relação ao último concurso realizado, cerca de 800 aprovados. Desse total, aproximadamente 600 pediram demissão pelo salário irrisório estabelecido, estando os demais em busca de oportunidades mais compensadoras e logo logo sairão do BASA. Para que os salários do BASA sejam equiparados aos do Banco do Brasil, Caixa e Banco do Nordeste, há necessidade de um reajuste em torno de 50%, com um detalhe, os salários daqueles bancos estão bastante defasados, conforme reclamação geral de seus empregados. Então, conclui-se que os empregados do BASA estão sendo tratados como lixo no cenário nacional bancário.

    O BASA não quer aceitar reajuste já sinalisado pela categoria em torno de apenas 12,5% e se recusa a reajustar o reembolso saúde, congelado há quase três anos, não tendo aceitado proposta da ministra do TST em reajustar o reemboldo nos irrisórios 9%.

    O reembolso saúde adquire importância capital nesse contexto pois, não havendo reajuste, a remuneração total, na verdade, é rebaixada, podendo até chegar ao ponto de se reduzir draticamente, se comnparada com a remuneração atual.

    Observem o meu caso: em apenas 2 anos (maio de 2009 a maio de 2011), a minha contribuição ao plano de saúde reajustou nos incríveis 246%. A contribuição reajusta todo ano, com base nos ditames da ANS, porém, como o BASA não reajusta o reembolso, essa diferença fica cargo do associado.

    Esta greve, considerada legal pela Justiça, não é apenas por reajuste salarial, mas sobretudo por dignidade e respeito que os empregados do BASA merecem, estando em jogo, inclusive, a manutenção e perenidade da Instituição como órgão indutor do desenvolvimento sustentável na floresta amazônica, cobiçada internacionalmente.

    A GREVE É JUSTÍSSIMA E DEVE CONTINUAR ATÉ A ÚLTIMA INSTÂNCIA DE LUTA.

    José Roberto Duarte
    e-mail: robertoduarte2@oi.com.br

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  3. Meu caro José Roberto,

    Esse filme já vi, Creio que foi no início dos anos setenta.

    Um sábio idiota, desses que costumam habitar o BASA, entendeu que havia funcionários que não mereciam evoluir na carreira - naquela época o funcionário era admitido como Auxiliar e, em cinco anos, tinha acesso ao quadro de Escriturário, em promoções automáticas, passando a Auxiliar A, depois a Auxiliar B e, finalmente, a Escriturário A.

    Resolveu o ilustre criar um concurso interno para acesso ao Quadro de Escriturário e crescer o Quadro de Auxiliar "para baixo": ao invés de três, passaram a quatro as classificações - A, B, C e D - com isso, Piso Salarial tornou-se inferior ao praticado no mercado, inclusive, menor que o dos bancos privados, como soe acontecer, no BASA do oportunista Abdias, que se paga R$ 45.000,00 para dilapidar o Banco, e, ao Marçal, Escriturário do BB, R$ 29.000,00 para chefiar os advogados do BASA.

    No primeiro concurso que fizeram os doutos administradores, o desatre foi idêntico ao atual: os aprovados convocados ou recusavam de pronto o parco salário que lhes era oferecido ou ingressavam no Banco e logo se demitiam, posto que conseguiam melhor remuneração em outras instituições.

    Convocaram os milhares de aprovados e a debandada se repetia. Chegaram aos últimos classificados no concurso.

    Finalmente, deram-se conta de que algo precisava ser feito para reter os funcionários no Banco: corrigiram, então, o Piso Salarial do Quadro de Auxiliares em 30% e a maioria dos remanescentes permaneceu no BASA até a aposentadoria. E a inovação introduzida por aquele discipulo do Prof. Pardal fois mais tarde devidamente abortada.

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