Como acontece sempre com a dupla Re x Pa nos últimos tempos, o final de ano com decepções tem logo outra vítima depois do próprio clube e a torcida: a informação. Ontem, após o presidente do Paysandu Luiz Omar Pinheiro passar quase o dia todo dando entrevistas e falando o que quisesse, inclusive na TV Liberal, à tarde baixou uma ordem na Curuzu para que parte da imprensa da capital não tivesse acesso ao Leônidas Castro. Alguns jornalistas estavam proibidos de ter acesso às instalações para que pudessem levar aos leitores aquilo que se passa dentro do clube. As reportagens de O Liberal e Amazônia não foram impedidas de entrar, mas a decisão que foi endereçada à parte da imprensa acaba atingindo a todos.
Ano passado e retrasado foi a mesma coisa. No começo do ano, injuriados pelas notícias do dia a dia, a diretoria diminuiu de três para um a quantidade de jogadores que dariam entrevistas por dia. A intenção era atingir as empresas de comunicação, quando na verdade acertam apenas o torcedor. No Baenão, em menor foco devido à situação ainda pior, a mais recente prática é a de ameaças de processos contra jornalistas.
Por essas e outras o movimento "Alma Celeste", misto de torcida organizada e grupo de amigos que sempre foram opositores das atitudes de Luiz Omar Pinheiro, organiza para domingo uma passeata em protesto contra o presidente. Por enquanto, a passeata está marcada para sair da Curuzu às 9 horas em direção à escadinha do cais do porto.
A ação de censura de ontem não foi contra nenhum órgão das Organizações Romulo Maiorana, mas atingiu em cheio a razão dela existir que é levar a informação da melhor forma possível aos paraenses. A julgar pelos exemplos de anos anteriores, esse cerceamento tem prazo para acabar e não deve demorar tanto, mas que fosse apenas por um dia já seria inadmissível. (Amazônia)
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