As campanhas a favor da divisão do Pará, sob responsabilidade do marqueteiro Duda Mendonça, vão repetir a estratégia usada pelo publicitário em 2002, quando Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito presidente pela primeira vez.
O discurso separatista fala em "esperança vencer o medo" e em "mudança", assim como na campanha que levou Lula à Presidência.
Os 4,6 milhões de eleitores do Pará votam em 11 de dezembro para dizer se querem que o Estado dê origem a outros dois: Carajás (sul do Pará) e Tapajós (oeste).
Em entrevista a uma TV local no mês passado, o deputado estadual João Salame Neto (PPS), líder da campanha a favor de Carajás, colocou o plano do marqueteiro em prática.
"No Brasil, durante quatro eleições seguidas, um trabalhador tentou virar presidente da República e o medo era muito grande. Quando a esperança venceu o medo, nós melhoramos muito a vida de nosso país. Aqui, também temos que mudar", discursou.
A estratégia de Duda ganhará força hoje, com o início do horário eleitoral gratuito nas rádios e televisões do Pará.
Ele disse que não cobrará cachê para ser o marqueteiro das duas campanhas pela divisão. Cobrou, porém, uma boa estrutura de trabalho e a contratação de profissionais de sua equipe.
Por isso, os custos estão estimados em R$ 5 milhões. O slogan criado por Duda é: "Se é bom para todos, não podemos ser contra".
Emocional - As duas campanhas contra a divisão pretendem apelar para o emocional. A resistência à ideia de separação está concentrada em Belém, capital do Estado, e no seu entorno.
O marketing está sob o comando do publicitário paraense Orly Bezerra, dono da agência Griffo, de Belém.
Ele disse que também não cobra cachê e que as empresas e profissionais envolvidos têm trabalhado com preços abaixo do mercado.
Artistas paraenses, como Fafá de Belém e o casal Joelma e Chimbinha, da banda Calypso, serão convocados para participar. (Folha Online)
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