Issei Kato/Reuters | |
O técnico do Barcelona, Josep Guardiola, é arremessado por jogadores após a conquista do Mundial |
Questionado sobre se o Santos sentiu a intensidade do jogo do Barcelona porque o futebol praticado no Brasil é mais cadenciado, Guardiola foi polido.- "Não sei, porque não tenho estado no Brasil. Mas não vamos confundir a intensidade. Nós passamos a bola o mais rápido possível. Quando temos a bola nos pés, tocar o mais rápido possível. Isso cria desequilíbrio. Tocamos a bola quantas vezes necessário for para chegar ao gol. O Barcelona passa a bola como meu pai falava que vocês [brasileiros] faziam", cutucou o catalão.
"Estamos falando de uma equipe com jogadores muito bons. Diminuímos o espaço e trocamos bolas. Deslocamos o jogo através do passe. Os jogadores se reúnem em torno da bola", explicou, fazendo parecer fácil uma forma de jogar dificílima de ser posta em prática.
Com tantas conquistas, como é possível seguir com vontade de jogar? Guardiola tem a resposta na ponta da língua. - "Seria uma surpresa para mim se o time desistisse. Nossa meta é continuar jogando bem. Eventualmente sabemos que vamos perder. Mas estamos evoluindo. Isso depende de encontrar o ponto de exigência. Continuar com esse desejo de vencer. É uma honra e um privilégio treinar esse grupo de pessoas. Não é fácil seguir vencendo depois de tudo o que conquistamos", declarou.
Messi, eleito o melhor do Mundial e autor de dois gols na final mereceria um comentário à parte? Não para Guardiola, que elogiou, e muito, Thiago.- "Ele [Messi] fez uma grande partida, mas não quero personalizar. O Iniesta, o Thiago, todos foram muito bem. O Busquets, que é melhor volante do mundo. Queremos que o Messi se sinta bem", disse, para depois continuar elogiando o filho do ex-jogador Mazinho. "O Thiago jogou aberto e poderia sentir dificuldades por isso. Mas jogou pelo lado para limitar as ações dos Santos pelos lados e foi muito bem".
Por fim ele comentou a afirmação de que com o poderio econômico de times como o Barcelona será cada vez mais difícil para equipes brasileiras ganharem o Mundial. Ele discordou e deu a receita para os brasileiros.- "No Brasil e na América do Sul sempre haverá bons jogadores e bons times. Mas jogamos com nove canteranos [jogadores vindos das categorias de base do Barcelona] hoje e que custaram zero euro para nós", finalizou.
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