Novo secretário foi gerente regional da mineradora Vale por 20 anos (Foto: Eliseu Dias)
Um dia após a aprovação unânime na Assembleia Legislativa do projeto de lei que cria a taxa e o cadastro estadual de controle, acompanhamento e fiscalização das atividades de pesquisa, lavra, exploração e aproveitamento de recursos minerários (TFRM e CFRM), foi nomeado para assumir a Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom) o administrador de empresas David Leal.
Com pós-graduação em marketing, David Leal já foi secretário adjunto na extinta Secretaria de Projetos Estratégicos e assessor de Sidney Rosa na Secretaria Especial de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção. Também foi gerente regional da Vale durante 20 anos e coordenador do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF) do Pará, como assessor especial da presidência da Federação das Indústrias (Fiepa). Com a nomeação no Diário Oficial do Estado ontem, David Leal assume a secretaria que terá, dentre outras, a missão de fiscalizar a aplicação da nova taxa e cadastro minerais aprovados na AL.
Em entrevista à Agência Pará, ele destacou que pretende estabelecer “uma relação amigável” com as mineradoras. “Temos um fato novo, que é a nova taxa em cima da mineração, aceita com unanimidade, e que o governador Jatene vai sancionar nos próximos dias. Ela será válida a partir de janeiro. Acredito que haverá uma compreensão por parte das mineradoras, depois desse primeiro momento, pois constitucionalmente a lei é viável. Vejo que ainda vai haver muito diálogo entre governo e empresas dentro desse tema, mas o Pará vai buscar o equilíbrio nessas negociações”.
Segundo o secretário, o primeiro passo será montar a equipe técnica da Seicom, que é nova na estrutura do governo estadual. A partir disso, a palavra chave é planejamento. “Estamos fazendo um planejamento estratégico para os próximos anos, que será fechado até janeiro. No que diz respeito à inovação, queremos ter um relacionamento muito próximo com as outras secretarias, principalmente com a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). Precisaremos também de um ótimo relacionamento com as pastas de Meio Ambiente, da Fazenda, de Planejamento. É importante essa sinergia para o desenvolvimento do nosso trabalho.”
Ainda a respeito da taxa a ser cobrada sobre a exploração minerária, Leal destacou que os recursos arrecadados vão dar condições ao Estado de ampliar investimentos. “A aplicação desta taxa vai nos proporcionar um valor expressivo de recursos que poderá ser aplicado nas áreas que mais necessitam de investimento no Estado, que são saúde, educação e segurança, visando melhorar a qualidade de vida da população, principalmente do interior.” (Diário do Pará)
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