O presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante Junior, afirma que a ação de exibição de documentos que o presidente afastado da OAB Pará, Jarbas Vasconcelos, anunciou que protocolaria ontem em Brasília “é mais um factoide por ele criado para desviar o foco da atenção ao seu afastamento por graves acusações de desvio de conduta na condução da direção da OAB Pará”. Ele também define como “caluniosas” as acusações de que receberia R$ 40 mil da receita do Exame de Ordem, adiantando que tomará as medidas judiciais cabíveis contra Vasconcelos.
“A irresponsabilidade pelas denúncias é tamanha que se chega ao absurdo de fazer uma afirmação desse tipo, uma mentira deslavada que merecerá as medidas judiciais para que o presidente afastado comprove essas afirmações mentirosas, cujo objetivo é somente de caluniar”, declarou Cavalcante indignado.
Ele garante que suas prestações de contas são transparentes, e que todas as despesas têm comprovação e justificativa, inclusive as poucas realizadas através de cartão corporativo. Ele informa que as contas estão disponíveis no site do Conselho Federal (www.oab.org.br) para consulta de todos os advogados e da sociedade brasileira.
As declarações de Vasconcelos, segundo o presidente, revelam irresponsabilidade e falta de compromisso com a OAB. “A Ordem é uma entidade séria, que tem um rigoroso controle interno e cujas contas de seus dirigentes são examinadas por uma Câmara especializada composta de 27 membros, inclusive as poucas despesas feitas em cartões corporativos, são todas publicadas em nosso site para conhecimento dos advogados e de toda a sociedade. A ação proposta é mais um factoide para desviar o foco daquilo que ele procura esconder, que é o seu afastamento por desvio de conduta da direção da OAB Pará”, ressalta o presidente.
DESMASCARADO - Cavalcante ressalta que tanto sua prestação de contas quanto a da advogada Ângela Sales, sua sucessora na OAB Pará, também foram aprovadas. Ele afirma que Vasconcelos está usando a conhecida estratégia de tentar desqualificar a OAB
nacional para desviar a atenção das fortes acusações do Conselho Federal quanto a ter usado o cargo para beneficiar um amigo. “É a estratégia de quem não tem razão, e por isso tenta desqualificar aquele que ele julga lhe ter desmascarado”.
Também recorda que todas as medidas judiciais contra a intervenção na OAB do Pará e o afastamento dos envolvidos, até hoje, foram indeferidas pela Justiça Federal. “A Justiça deu total razão às providências saneadoras adotadas pelo Conselho Federal, que por 22 votos a 4 decretou a intervenção na OAB do Pará”, diz o presidente, assinalando que os ataques que estão sendo realizados demonstram que Vasconcelos está a serviço daqueles que querem um Conselho Nacional de Justiça (CNJ) fraco. (Diário do Pará)
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