Governo prorroga IPI menor para linha branca e inclui mais setores

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou ontem (26) a redução das alíquotas do IPI para móveis e laminados (de 15% para zero), papéis de parede (de 20% para 10%) e luminárias e lustres (de 15% para 5%). As alíquotas menores para esses produtos passam a vigorar a partir de terça-feira -- o governo está editando nesta segunda-feira ainda uma edição extra do Diário Oficial com as medidas -- e vão até o final de junho.

Mantega também informou que as alíquotas reduzidas do IPI para os produtos da linha branca (fogões, geladeiras e lavadoras de roupas), que deixariam de vigorar no final deste mês, serão prorrogadas por mais três meses. -Esses setores estarão estimulados a manter a mão de obra e até deverá haver aumento das contratações porque as vendas tendem a aumentar. Então, os preços tem que diminuir e as vendas aumentar - disse Mantega, antes de reunião com empresários a sede da Fiesp.

Segundo Mantega, com todas essas medidas, inclusive a prorrogação da linha branca, o governo estará deixando de arrecadar (renúncia fiscal) R$ 489 milhões. - Com estas medidas esperamos estimular a economia, com uma reativação da atividade. Estamos começando um aquecimento da economia neste primeiro semestre, esse aquecimento deve se prolongar para segundo semestre, gradualmente, de modo que no segundo semestre deveremos estar crescendo a taxas próximas de 5%. De modo que neste ano de 2012 o Brasil deverá ter um crescimento maior do que tivemos no ano passado.

O ministro explicou ainda que a contrapartida que o governo cobrará dos setores beneficiados com a desoneração tributária é não demitir. - A contrapartida da indústria será a manutenção do emprego - disse.

Mantega justificou ainda a prorrogação do IPI menor para a linha branca, que já vem desde janeiro, afirmando teve uma boa demanda até aqui. - O setor vai continuar produzindo, porque teve uma boa demanda neste trimestre e eu espero que continue. De modo que haverá manutenção do emprego e as as empresas até empreguem mais gente para dar conta da demanda maior. (Fonte: O Globo)