O Instituto de Gestão Previdênciária do Estado do Pará (Igeprev) conta, há uma semana, com um novo presidente. Aposentado pelo Banco do Brasil e, até ser indicado para o cargo, atuava como assistente do interventor da Caixa de Previdência Complementar do Banco da Amazônia (Capaf), fundo de pensão gerido pelo Banco da Amazônia, Júlio César Lopes, de 58 anos, foi nomeado no Diário Oficial do Estado (DOE) em 20 de março, e sem dar muitos detalhes sobre o clima que encontrou ao chegar no Instituto, que teve, até a primeira quinzena do mês, Carlos Salgado na presidência, sendo que o gestor deixou o posto em circunstâncias não muito bem esclarecidas.
"Cheguei há uma semana, estou ‘tomando pé’ da situação do Igeprev, me reunindo com os setores, mas me parece tudo normal desde minha chegada. Não entrei nesse processo [referindo-se a suposta existência de uma crise no Instituto], sou um gestor e o que me interessa é trabalhar e atender os anseios da sociedade", avisa Lopes, que faz questão de dizer que foi do BB por 35 anos, passando por cargos de chefia durante sua carreira. "Gestão é coisa de todo dia, e minha preocupação é aprimorar os serviços do Igeprev para que ele seja uma referência", adianta.
Ele divulga ainda que dos 41.654 aposentados e pensionistas que o Igeprev precisa recadastrar até 30 de março, 77% já estão com a situação regularizada. "Esse é o primeiro recadastramento do Instituto e até as 17h de terça, 27, 32.280 já haviam realizado o processo", comemora. Quem for aposentado ou pensionista do Estado e ainda não fez o procedimento, deve procurar a Escola Estadual Deodoro de Mendonça, em Nazaré, entre 7h e 17h, ou o Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, no bairro do Marco, entre 8h e 17h, para fazê-lo.
Espera - A situação pode estar calma e favorável para Júlio César, mas para a professora Jacirema Santos, de 53 anos, a situação está calma até demais, e no pior sentido que a palavra pode ter. Há três anos, quando completou 50 anos e 29 anos de atuação no Estado, a docente requereu a aposentadoria ao Igeprev. A resposta ela espera até hoje. "Em maio faz três anos que eu iniciei o processo", relata. "Tem gente que dá entrada e sai rápido. Eu sou bem atendida quando vou ao Instituto", admite.
Afastada das salas de aula desde o terceiro mês após feito o pedido de aposentadoria, quando o Igeprev confirma que a documentação entregue está correta e oferece a opção do afastamento das atividades mediante corte de benefícios financeiros concedidos somente a quem está em atuação, Jacirema afirma que aguarda resposta sobre a tão sonhada aposentadoria. (Amazônia Jornal)
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