Retrato do país
O Brasil tem a sexta economia do mundo, o sétimo bilionário do ranking da Forbes, tem até um fenômeno mundial chamado Michel Teló e com apenas 3% da população do planeta, é responsável por 13% dos homicídios do mundo, ocupando o primeiro lugar em números absolutos. Em 30 anos, segundo o Mapa da Violência do Brasil, foram assassinadas no país um milhão e 900 mil pessoas. Apenas em 2010, foram 50 mil mortos. Ou seja: é mais do que quatro vezes o número de brasileiros mortos em todos os movimentos armados – de guerra e revoltas – da história brasileira.
Juros reais
Depois do PIB fraco de 2011 e do tombo da indústria, o Banco Central resolveu baixar a taxa básica de juros (Selic) para 9,75% ao ano (não ficava abaixo de dois dígitos desde 2010). Para o brasileiro mortal, não refresca em nada: hoje, para se ter melhor idéia, do assalto dos juros bancários, é só consultar a tabela diária do Banco Central. No cheque especial, o Santander é o campeão: cobra 223,56% ao ano. O segundo colocado é o HSBC com 219,36% ao ano. O Itaú, que está mandando rasgar papel, cobra 177,57% ao ano. O Banco do Brasil, 172,12% e a Caixa, 150,98%. O escândalo maior permitido corre nas operações de crédito de financeiras: a campeã é a Agriplan com 742,10% ao ano, seguida pelo Banco Ibi, com 508,51% ao ano.
Raio-X do aborto
No Dia Internacional da Mulher, novos dados divulgados sobre aborto no Brasil: hoje, são realizados de 729 mil a 1,25 milhão de abortos por ano no país. A maioria das mulheres que abortam tem entre 20 e 29 anos (de 51% a 82%), vivem em relacionamento estável (70%) e têm pelo menos um filho. Estima-se que 5,3 milhões de mulheres no Brasil já tenham abortado ilegalmente, das quais 55% precisaram ficar internadas em hospitais públicos para recuperação. Segundo o Ministério da Saúde, morrem por ano no país, em decorrência do aborto ilegal, pelo menos 250 mulheres. Pelas últimas pesquisas, 82% dos brasileiros acham que a legalização do aborto não deve ser alterada, 14% que deveria ser descriminalizada e 4% não têm posição. Nesse universo, 65% das mulheres são católicas e 25% evangélicas.
Abridor de portas
A escalação do ex-ministro Antonio Palocci, que saiu duas vezes do governo debaixo de denuncias, para auxiliar, informalmente, na arrecadação de recursos para a campanha de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo, encarregado de “abrir portas” com eventuais financiadores, foi do ex-presidente Lula. O ex-chefe do Governo conhece bem o talento de Palocci nesse terreno, especialmente diante de sua atuação na campanha de Dilma Rousseff à Presidência. Palocci, a propósito, já visitou Lula, nesse período de doença, no apartamento de São Bernardo, três vezes.
Olho na minhoca
Como já confessou que não tem a menor idéia de como se coloca uma minhoca no anzol, o novo ministro da Pesca, senador e pastor Marcelo Crivella, teve, esta semana, prolongada conversa com o ex-ministro da mesma pasta, Altemir Gregorin (ficou cinco anos lá no governo Lula). Ele até se ofereceu para ajudar Crivella a montar um plano para o segmento: “A Dilma não tem nenhum programa de governo para a pesca. Tudo precisa ser feito”. Detalhe: se Crivella é engenheiro civil, além de pastor, Gregorin é veterinário de formação.
O Brasil tem a sexta economia do mundo, o sétimo bilionário do ranking da Forbes, tem até um fenômeno mundial chamado Michel Teló e com apenas 3% da população do planeta, é responsável por 13% dos homicídios do mundo, ocupando o primeiro lugar em números absolutos. Em 30 anos, segundo o Mapa da Violência do Brasil, foram assassinadas no país um milhão e 900 mil pessoas. Apenas em 2010, foram 50 mil mortos. Ou seja: é mais do que quatro vezes o número de brasileiros mortos em todos os movimentos armados – de guerra e revoltas – da história brasileira.
Juros reais
Depois do PIB fraco de 2011 e do tombo da indústria, o Banco Central resolveu baixar a taxa básica de juros (Selic) para 9,75% ao ano (não ficava abaixo de dois dígitos desde 2010). Para o brasileiro mortal, não refresca em nada: hoje, para se ter melhor idéia, do assalto dos juros bancários, é só consultar a tabela diária do Banco Central. No cheque especial, o Santander é o campeão: cobra 223,56% ao ano. O segundo colocado é o HSBC com 219,36% ao ano. O Itaú, que está mandando rasgar papel, cobra 177,57% ao ano. O Banco do Brasil, 172,12% e a Caixa, 150,98%. O escândalo maior permitido corre nas operações de crédito de financeiras: a campeã é a Agriplan com 742,10% ao ano, seguida pelo Banco Ibi, com 508,51% ao ano.
Raio-X do aborto
No Dia Internacional da Mulher, novos dados divulgados sobre aborto no Brasil: hoje, são realizados de 729 mil a 1,25 milhão de abortos por ano no país. A maioria das mulheres que abortam tem entre 20 e 29 anos (de 51% a 82%), vivem em relacionamento estável (70%) e têm pelo menos um filho. Estima-se que 5,3 milhões de mulheres no Brasil já tenham abortado ilegalmente, das quais 55% precisaram ficar internadas em hospitais públicos para recuperação. Segundo o Ministério da Saúde, morrem por ano no país, em decorrência do aborto ilegal, pelo menos 250 mulheres. Pelas últimas pesquisas, 82% dos brasileiros acham que a legalização do aborto não deve ser alterada, 14% que deveria ser descriminalizada e 4% não têm posição. Nesse universo, 65% das mulheres são católicas e 25% evangélicas.
Abridor de portas
A escalação do ex-ministro Antonio Palocci, que saiu duas vezes do governo debaixo de denuncias, para auxiliar, informalmente, na arrecadação de recursos para a campanha de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo, encarregado de “abrir portas” com eventuais financiadores, foi do ex-presidente Lula. O ex-chefe do Governo conhece bem o talento de Palocci nesse terreno, especialmente diante de sua atuação na campanha de Dilma Rousseff à Presidência. Palocci, a propósito, já visitou Lula, nesse período de doença, no apartamento de São Bernardo, três vezes.
Olho na minhoca
Como já confessou que não tem a menor idéia de como se coloca uma minhoca no anzol, o novo ministro da Pesca, senador e pastor Marcelo Crivella, teve, esta semana, prolongada conversa com o ex-ministro da mesma pasta, Altemir Gregorin (ficou cinco anos lá no governo Lula). Ele até se ofereceu para ajudar Crivella a montar um plano para o segmento: “A Dilma não tem nenhum programa de governo para a pesca. Tudo precisa ser feito”. Detalhe: se Crivella é engenheiro civil, além de pastor, Gregorin é veterinário de formação.
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