A reunião, descrita como "serena e cordial", fez parte de uma viagem de três dia do Pontífice à ilha, em um chamado aos cubanos para renovar a fé e construir uma nova sociedade mais justa e aberta com a ajuda da Igreja Católica, depois de cinco décadas de socialismo.
Vestido com uma camisa e uma jaqueta esportiva preta, o líder cubano cobriu o papa de perguntas durante os 30 minutos que durou a conversa, de acordo com o porta-voz do Vaticano, Frederico Lombardi.
"O que faz um papa?", consultou o carismático líder, que desde 2006 vem delegando suas funções no Governo gradualmente ao irmão menor Raúl, renunciando formalmente dois anos depois por motivos de saúde.
O porta-voz Lombardi disse que o religioso falou sobre os problemas que enfrenta diariamente com a relação entre fé e razão, liberdade e responsabilidade.
Fidel, que também recebeu o falecido papa João Paulo II já 14 anos, perguntou sobre as mudanças na liturgia católica. Além disso, pediu alguns livros para preparar "reflexões" em colunas que publica regularmente na imprensa estatal sobre assuntos internacionais. O religioso concordou e disse que pensaria em quais títulos poderia indicar a ele.
Os líderes também falaram sobre os problemas que atingem a humanidade, como a crise ecológica e cultural, assim como a incapacidade da ciência de dar resposta a todas as questões do futuro. Nas fotos oficiais, ambos aparecem sorridentes.
Também tiveram tempo de brincar sobre as idades avançadas de ambos, já que Fidel tem 85 anos, um a mais que o líder católico. "Sim, sou ancião", disse papa, segundo a explicação de Lombardi. "Mas pude realizar meu dever". (estadão)
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