Segundo a equipe médica que acompanha Lula, a doença está relacionada com a queda de imunidade provocada pelo tratamento contra um câncer na laringe, detectado em outubro passado. Após três sessões de quimioterapia e 33 de radioterapia, o ex-presidente encerrou o tratamento no dia 17 de fevereiro, mas ainda sofre alguns efeitos colaterais da radiação, como a dificuldade de deglutir, a perda de peso e a queda na imunidade. - Evidentemente, nada do que está acontecendo em termos de infecção teria acontecido numa situação normal. Por outro lado, o tratamento ao qual o ex-presidente foi submetido é extraordinariamente pesado, com muita quimioterapia e radioterapia, que de forma absolutamente previsível leva a uma queda do estado geral, a uma certa perda de peso e, evidentemente, muda a imunidade - detalhou Katz.
Segundo o oncologista Paulo Hoff, as consequências desagradáveis da radioterapia perduram após o fim do tratamento: - O efeito fica presente durante algumas semanas. A pneumonia não tem nada a ver com o câncer - disse, negando o aparecimento de algum novo tumor.
Katz informou que uma tomografia realizada no domingo não mostrou eventuais novos tumores. Em exames anteriores, os médicos haviam afirmado que o tumor tinha desaparecido. A avaliação da evolução do combate ao câncer só será feita, em detalhes, no fim do mês: - Seria muito precoce avaliar a doença neste momento. Os exames feitos domingo não revelam tumor. Entretanto, é importante frisar que esses exames não foram feitos com esse objetivo. Há ainda muito processo inflamatório, inchaço, que não permitem uma avaliação adequada. O que se pode dizer é que não se vê tumor grosseiro.
Segundo Katz, Lula não tem mais febre ou dor e apresenta um bom estado clínico. Apesar da melhora, não há previsão de alta. O tratamento com antibióticos levará de 10 a 14 dias, mas o ex-presidente deverá ter alta tão logo se mostre mais recuperado.
Nesta segunda-feira, o deputado petista Jilmar Tatto foi “barrado” no hospital ao tentar visitar Lula. Já o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, cancelou a visita para preservar o paciente. Katz explicou que a proibição de visitantes “não está ligada à imunidade, mas ao esforço para falar”. (O Globo)
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