Que outro artista brasileiro, por mais querido e importante que seja, tem seu nome gritado em apresentações de outros artistas? Quem tem legiões de fãs que se vestem como ele e cantam suas músicas no seu aniversário? E muitos nem eram nascidos quando Raul parou de tocar, em 1989.
A vida breve e turbulenta de Raul Seixas, seu talento de compositor e letrista, sua inteligência e humor, seu personagem e sua pessoa, sua vocação para estrela marginal, são a matéria-prima do emocionante filme de Walter Carvalho, O início, o Fim e o Meio. A quantidade e qualidade de som e imagens recuperados de sua obra, e dos depoimentos sobre sua vida, montados em ritmo roqueiro, fazem rir e chorar, às vezes ao mesmo tempo, do início ao fim. No meio de tudo, Raul, é ele que nos toca.
A galeria de tipos bizarros que passaram por sua vida, satanistas, malucos beleza, velhos roqueiros, gurus de araque, se junta a seus parentes, parceiros e testemunhas, e suas várias mulheres, em depoimentos reveladores. Um dos melhores é de Paulo Coelho, ex-hippie doidão e seu parceiro em muitos clássicos, agora escritor multimilionário em Genebra, em contraste com o processo de pobreza material e decadência física de Raul, contando com sinceridade alguns dos melhores, e piores, momentos dessa dupla do barulho. Às gargalhadas, o mago confessa: "Mas é claro que eu apresentei todas as drogas ao Raul. E não me arrependo de nada, só da cocaína, que é a droga do demônio".
Raul começou a beber e fumar com 12 anos, foi alcoólatra metade da vida, cheirou quilos de cocaína e litros de éter, que o destruíram aos 44 anos. No final do filme, Marcelo Nova consegue convencer Raul, já muito fragilizado, a fazerem três shows juntos, que se desdobram em 50 apresentações triunfais pelo Brasil, com multidões de fanáticos cantando em coro suas músicas, numa heroica turnê de despedida que termina com o fim de Raul. E o início do seu culto.
Virou mania: nos mais diversos shows, de roqueiros a sertanejos, e até nos de Caetano Veloso, em algum momento ouve-se o grito de guerra na plateia: "Toca Rauuuul!"
Que outro artista brasileiro, por mais querido e importante que seja, tem seu nome gritado em apresentações de outros artistas? Quem tem legiões de fãs que se vestem como ele e cantam suas músicas no seu aniversário? E muitos nem eram nascidos quando Raul parou de tocar, em 1989.
A vida breve e turbulenta de Raul Seixas, seu talento de compositor e letrista, sua inteligência e humor, seu personagem e sua pessoa, sua vocação para estrela marginal, são a matéria-prima do emocionante filme de Walter Carvalho, O início, o Fim e o Meio. A quantidade e qualidade de som e imagens recuperados de sua obra, e dos depoimentos sobre sua vida, montados em ritmo roqueiro, fazem rir e chorar, às vezes ao mesmo tempo, do início ao fim. No meio de tudo, Raul, é ele que nos toca.
A galeria de tipos bizarros que passaram por sua vida, satanistas, malucos beleza, velhos roqueiros, gurus de araque, se junta a seus parentes, parceiros e testemunhas, e suas várias mulheres, em depoimentos reveladores. Um dos melhores é de Paulo Coelho, ex-hippie doidão e seu parceiro em muitos clássicos, agora escritor multimilionário em Genebra, em contraste com o processo de pobreza material e decadência física de Raul, contando com sinceridade alguns dos melhores, e piores, momentos dessa dupla do barulho. Às gargalhadas, o mago confessa: "Mas é claro que eu apresentei todas as drogas ao Raul. E não me arrependo de nada, só da cocaína, que é a droga do demônio".
Raul começou a beber e fumar com 12 anos, foi alcoólatra metade da vida, cheirou quilos de cocaína e litros de éter, que o destruíram aos 44 anos. No final do filme, Marcelo Nova consegue convencer Raul, já muito fragilizado, a fazerem três shows juntos, que se desdobram em 50 apresentações triunfais pelo Brasil, com multidões de fanáticos cantando em coro suas músicas, numa heroica turnê de despedida que termina com o fim de Raul. E o início do seu culto.
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