O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitou nesta quarta-feira, 30, mais uma vez falar com a imprensa e entrar na polêmica que se envolveu desde o último final de semana
com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, sobre o
julgamento do processo do mensalão. Ao participar do 5º Fórum
Ministerial de Desenvolvimento, em Brasília, Lula fez apenas uma
referência aos que não gostam dele. "Vou falar em pé senão podem dizer
que estou doente, para evitar esses dissabores. Você sabe que eu tenho
muita gente que gosta (de mim) e alguns que não gostam. Então,
eu tenho que tomar cuidado contra esses daí que são minoria e estão aí
no pedaço", disse o ex-presidente logo no início do seu discurso.
Lula aproveitou o evento para fazer comentários sobre a crise
econômica e disse que solução não é diminuir o consumo ou tomar medidas
econômicas de austeridade. Ele disse que o problema da crise atual é de
falta de gestão política. O ex-presidente fez um discurso em que sugeriu
às nações desenvolvidas que tomassem medidas de ampliação de consumo e
de inclusão de outros mercados consumidores como a África e América
Latina.
O ex-presidente aproveitou ainda a ocasião para criticar a imprensa
que, segundo ele, não tem tirado "a bunda da cadeira" para verificar as
transformações sociais obtidas no seu governo e no início do mandato da
presidente Dilma Rousseff.
Ele também saiu em defesa da ex-ministra da Casa Civil Erenice
Guerra. O ex-presidente disse que, na primeira audiência de um processo
que a envolve na Justiça de Brasília, a testemunha contra a ex-ministra (que ele não revelou quem é)
retirou a acusação que tinha contra ela. Ele observou que não houve
nenhuma "nota de rodapé" nos jornais. Erenice Guerra deixou o governo
Lula em setembro de 2010, depois de acusações de tráfico de influência. (Estadão)
Não interessa quem gosta o quem não gosta. Eu quero saber é se ele peitou ou não peitou o ministro do STF.
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