Os rodoviários de Belém entraram em greve por tempo indeterminado desde à meia-noite. A decisão foi tomada na noite de ontem em assembleia geral da categoria, no Clube Monte Líbano, em São Brás, quando a proposta de reajuste salarial de 6% feita pelo sindicato patronal e apresentada durante negociações na Superintendência Regional do Trabalho, à tarde, foi recusada.
Edilberto
Santos, diretor de assuntos sindicais e assessor de imprensa do
Sindicato dos Rodoviários disse que, apesar da decisão, o sindicato
manterá o que foi determinado pela liminar concedida pela Justiça às
empresas de ônibus. "Se for 30 ou 50 por cento da frota, nós manteremos o
que a Justiça determinou. O restante vai paralisar as atividades". Em
Belém, há nove mil rodoviários e devem ser prejudicadas aproximadamente
1,2 milhão de pessoas com a paralisação.
Os
rodoviários exigiam 20% de reajuste, mas aceitavam negociar o percentual
de ajuste do mínimo - 14,7%. O Sindicato propôs depois reajuste de 10%,
mas as empresas ofereceram 6%, 1% a mais do oferecido inicialmente, a
reposição da inflação estimada em 5% pelo INPC, segundo o Dieese.
Deste
modo, o salário do motorista que é R$ 1.176,97 ficaria em R$ 1.235,85 e
o do cobrador passaria de R$ 645,01 para R$ 677,25. O vale-alimentação
pago aos rodoviários, atualmente de R$ 310,00, passaria para R$ 325,00.
Já os gastos com plano de saúde seriam mantidos em R$ 135,00. Edilberto
Santos diz que aprovar esses 6% "é complicado e não atende o que está
sendo pedido" e que o salário de cobrador já está praticamente se
igualando ao salário mínimo.
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