O Vaticano confirmou ontem (26) que o mordomo do papa Bento 16 foi
preso em um escândalo embaraçoso de vazamento, acrescentando um toque
hollywoodiano para um conto sórdido de disputas de poder, intrigas e
corrupção nos mais altos níveis de governança da Igreja Católica.
Paolo
Gabriele, um laico e membro da casa papal, foi preso na quarta-feira
após documentos secretos terem sido encontrados em seu apartamento na
Cidade do Vaticano e continua detido, afirmou o reverendo Federico
Lombardi, porta-voz do Vaticano, em um comunicado.
Gabriele era
frequentemente visto ao lado do papa Bento 16 em público, andando no
banco da frente do jipe do pontífice durante as audiências das
quartas-feiras ou o protegendo da chuva. Ele era mordomo pessoal do papa
desde 2006, um dos poucos membros da pequena família papal que também
inclui secretários particulares do pontífice e quatro mulheres que
cuidam do apartamento papal.
A prisão dele se segue a outro
escândalo no Vaticano nesta semana: a destituição do presidente do banco
do Vaticano, Ettore Gotti Tedeschi, pelo conselho da instituição.
Fontes próximas à investigação, disseram que ele foi acusado também de
vazar documentos, embora o motivo oficial para sua demissão tenha sido
simplesmente que ele não conseguiu cumprir seu trabalho.
O
escândalo do vazamento no Vaticano ocorre em um momento no qual a
instituição tenta mostrar para a comunidade financeira mundial que virou
a página e reduziu sua reputação de paraíso fiscal.
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