Confronto entre integrantes do MST e seguranças da fazenda quase terminou em morte (Foto: Reprodução / Diário do Pará)
Pelo menos 12 pessoas saíram feridas durante um confronto entre
integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) e seguranças
armados da empresa Atalaia, do Tocantins. A confusão aconteceu na manhã
de ontem, em frente à entrada principal da fazenda Cedro, pertencente à
Agropecuária Santa Bárbara e que dista 48 quilômetros da sede do
município de Marabá, no sudeste do Estado. A frente da fazenda e uma
casa que serve de guarita para seguranças foram parcialmente destruídas.
Parte da fazenda está invadida pelos Sem-Terra desde o dia 1º de
março de 2009. Eles montaram, em 7 mil dos mais de 10 mil hectares, o
acampamento batizado como “Helenira Rezende”, onde aguardam uma provável
desapropriação da fazenda.
Na tentativa de invasão, os seguranças da fazenda teriam reagido à bala e alguns invasores acabaram baleados. Alguns feridos foram levados para o hospital municipal de Eldorado do Carajás, enquanto outros quatro foram trazidos para Marabá. Até o fechamento desta edição, não se tinha informação de nenhuma vítima fatal. O protesto faz parte de uma jornada de ações do MST que se estendem até amanhã e ocorrem em contraponto a Rio + 20, que acontece na capital fluminense.
O clima na fazenda é de tensão máxima. Os sem-terra de um lado,
empunhando foices e facões, e seguranças armados do outro, assim como
militares do Grupo Tático Operacional que permanecem na área. No meio do
conflito estão diversos motoristas que precisam trafegar diariamente
pela BR-155. Um engarrafamento quilométrico se formou nos dois sentidos
da pista. Somente por volta das 16h de ontem o tráfego foi liberado.
POLÍCIA
Cerca de 100 homens das polícias Militar e Civil foram deslocados para a Fazenda Cedro. Uma comitiva formada pelo secretário de Estado de Segurança Pública, Luiz Fernandes Rocha; pelo secretário adjunto de Inteligência e Análise Criminal da Segup, Tom Farias; pelo comandante geral da Polícia Militar, coronel Daniel Borges Mendes; pelo major Alisson Monteiro, assessor especial da Segup, e pelo delegado Geral da Polícia Civil, Nilton Atayde, inclusive, saiu ontem de Belém, com destino ao local do conflito.
Cerca de 100 homens das polícias Militar e Civil foram deslocados para a Fazenda Cedro. Uma comitiva formada pelo secretário de Estado de Segurança Pública, Luiz Fernandes Rocha; pelo secretário adjunto de Inteligência e Análise Criminal da Segup, Tom Farias; pelo comandante geral da Polícia Militar, coronel Daniel Borges Mendes; pelo major Alisson Monteiro, assessor especial da Segup, e pelo delegado Geral da Polícia Civil, Nilton Atayde, inclusive, saiu ontem de Belém, com destino ao local do conflito.
O titular da Delegacia de Conflitos Agrários de Marabá (Deca), Victor
Costa Leal, deve abrir um inquérito policial a fim de apurar as
circunstâncias do confronto e tentar identificar os envolvidos.
No final da tarde de ontem, apenas quatro sem-terra continuavam
internados no Hospital de Eldorado. Uma criança, que foi baleada na
cabeça, também foi liberada e aparentemente não correm risco de morte.
“ATO POLÍTICO”
Em nota emitida na manhã de ontem, o MST e a CPT condenaram a ação na fazenda Cedro e afirmaram que “jagunços travestidos de seguranças da fazenda Cedro (...) atiraram contra um grupo de trabalhadores rurais sem terra ligados ao MST no Sudeste do Pará que realizava um ato político de denúncia da grilagem de terra pública, de desmatamento ilegal, uso intensivo de venenos na área e violência cotidiana contra trabalhadores “. (No Diário do Pará)
Em nota emitida na manhã de ontem, o MST e a CPT condenaram a ação na fazenda Cedro e afirmaram que “jagunços travestidos de seguranças da fazenda Cedro (...) atiraram contra um grupo de trabalhadores rurais sem terra ligados ao MST no Sudeste do Pará que realizava um ato político de denúncia da grilagem de terra pública, de desmatamento ilegal, uso intensivo de venenos na área e violência cotidiana contra trabalhadores “. (No Diário do Pará)
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