A Ordem dos Advogados do Brasil é pouco transparente e suas eleições
para o Conselho Federal da entidade são marcadas por coleguismo,
amiguismo, conchavos e nepotismo. Foi o que afirmou ontem
(11/6), em alto e bom som, o advogado Carlos Roberto Siqueira Castro, conselheiro federal da OAB pelo estado do Rio de Janeiro. Como resposta, ouviu do presidente nacional da Ordem, Ophir Cavalcante Junior,
que agiu com desonestidade ao criticar, para a plateia, práticas que
nunca combateu nas discussões internas da entidade. A discussão foi
transmitida ao vivo pelo site da OAB.
Com esse clima conflagrado
foi aberta a sessão plenária do Conselho Federal da OAB, realizada ontem. O presidente, Ophir Cavalcante, pediu que o advogado
Siqueira Castro que confirmasse afirmação publicada em reportagem da
revista Consultor Jurídico, no dia 14 de maio, sob o título “Conselheiro da OAB-RJ diz que contas da OAB nacional não passariam no TCU”.
No texto, Castro afirmou: “Se o Tribunal de Contas da União fizesse um
exame das contas da diretoria do Conselho Federal, talvez essas contas
não passassem sob o crivo mais elementar da contabilidade pública. Não
há, efetivamente, transparência, não há aquela governabilidade que
encanta os olhos dos democratas”. Siqueira Castro não só confirmou como fez críticas pesadas à
administração do Conselho Federal da OAB. “Falei sim! Nós não temos a
transparência que deveríamos ter e que certamente nos orgulharia. Nós
não temos um modelo eleitoral que sobreviva ao melhor teste da
democracia brasileira. Nós temos conchavos, temos amiguismo, temos
nepotismo. E devemos combater essas ideias”, afirmou.
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