"Entendo que é sinal de atraso e subdesenvolvimento mental a manutenção deste dialeto sofisticado e pretensioso que se utiliza nos meios jurídicos, já chamado de ´juridiquês`, uma linguagem empolada, afetada, complexa, não raro ridícula, dos que supõem que utilizar expressões incomuns, exóticas, seiscentistas, é sinal de cultura ou de sabedoria. O juridiquês, infelizmente, tem mostrado eficiência e grande utilidade na perversa e estúpida missão de afastar o povo do direito, de desviar a justiça do cidadão. Falar difícil é fácil! As pessoas primárias, que querem esconder sua mediocridade e demonstrar erudição, causar impressão, pagando tributo à sua imensa vaidade, usam palavreado rebuscado, pomposo, impenetrável, quase sempre prosaíco. Difícil é falar singela e facilmente, tornando o que se diz inteligível, acessível e transparente." (Zeno Veloso, jurista paraense)
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