O ex-governador da Paraíba Ronaldo Cunha Lima (foto) morreu na manhã de ontem (7) em sua casa, em João Pessoa, aos 76 anos.
Cunha Lima foi diagnosticado com um câncer de pulmão há 7 meses. Com o
agravamento da sua doença, uma UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) foi
montada em sua casa, para que ele passasse mais tempo com seus
familiares.
Na quinta-feira (5), o ex-governador precisou ser sedado e entrou em
coma induzido. Seu quadro era considerado irreversível pelos médicos.
BIOGRAFIA
Ronaldo Cunha Lima ficou conhecido nacionalmente em 1993 por atirar
contra seu adversário político o ex-governador Tarcísio Buriti (PFL)
que, em entrevista a um jornal local, acusou Cássio Cunha Lima de
irregularidades na Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do
Nordeste), autarquia que comandava na época. Ele chegou a ser preso. Buriti sobreviveu ao atentado e morreu em 2003, vítima de problemas cardíacos.
Em 2007, Ronaldo renunciou ao mandato de deputado federal para evitar
uma possível condenação pelo STF (Supremo Tribunal Federal). O caso foi
remetido à Justiça comum. Relator do processo no STF, o ministro Joaquim
Barbosa considerou a manobra um "escárnio".
Ronaldo Cunha Lima foi vereador, prefeito, governador, deputado
estadual, deputado federal e senador. "Recebeu todos os diplomas que do
TRE [Tribunal Regional Eleitoral] pode dar. Só não tinha o diploma de
presidente", disse Cássio, um dos quatro filhos de Ronaldo.
Entrou na política em 1960, pelo PTB. Com o bipartidarismo, filiou-se ao
MDB e depois migrou para o PMDB e, por fim, para o PSDB.
Em 1969, durante a ditadura militar (1964-1985), teve os direitos
políticos suspensos. O mandato de prefeito de Campina Grande (132 km de
João Pessoa) foi cassado.
"Deixa a honradez sobretudo. Demonstrou que é possível fazer política
com decência e dignidade. Fez política como sacerdócio e não como
negócio", disse Cássio.
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