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domingo, 8 de julho de 2012

Ex-governador Ronaldo Cunha Lima morre na Paraíba

O ex-governador da Paraíba Ronaldo Cunha Lima (foto) morreu na manhã de ontem (7) em sua casa, em João Pessoa, aos 76 anos. 
Ronaldo Cunha Lima morreu na manhã deste sábado, em sua casa, em João Pessoa
Cunha Lima foi diagnosticado com um câncer de pulmão há 7 meses. Com o agravamento da sua doença, uma UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) foi montada em sua casa, para que ele passasse mais tempo com seus familiares. 

Na quinta-feira (5), o ex-governador precisou ser sedado e entrou em coma induzido. Seu quadro era considerado irreversível pelos médicos. 
BIOGRAFIA
Ronaldo Cunha Lima ficou conhecido nacionalmente em 1993 por atirar contra seu adversário político o ex-governador Tarcísio Buriti (PFL) que, em entrevista a um jornal local, acusou Cássio Cunha Lima de irregularidades na Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), autarquia que comandava na época. Ele chegou a ser preso. Buriti sobreviveu ao atentado e morreu em 2003, vítima de problemas cardíacos. 

Em 2007, Ronaldo renunciou ao mandato de deputado federal para evitar uma possível condenação pelo STF (Supremo Tribunal Federal). O caso foi remetido à Justiça comum. Relator do processo no STF, o ministro Joaquim Barbosa considerou a manobra um "escárnio". 

Ronaldo Cunha Lima foi vereador, prefeito, governador, deputado estadual, deputado federal e senador. "Recebeu todos os diplomas que do TRE [Tribunal Regional Eleitoral] pode dar. Só não tinha o diploma de presidente", disse Cássio, um dos quatro filhos de Ronaldo. 

Entrou na política em 1960, pelo PTB. Com o bipartidarismo, filiou-se ao MDB e depois migrou para o PMDB e, por fim, para o PSDB. 

Em 1969, durante a ditadura militar (1964-1985), teve os direitos políticos suspensos. O mandato de prefeito de Campina Grande (132 km de João Pessoa) foi cassado. 

"Deixa a honradez sobretudo. Demonstrou que é possível fazer política com decência e dignidade. Fez política como sacerdócio e não como negócio", disse Cássio.

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