Os primeiros processos destinados ao procurador de Justiça Demóstenes
Torres têm como réus um suposto batedor de carteira, um acusado de
revender drogas para um morador de rua e um jovem acusado de roubo que
tenta na Justiça converter a prisão em prestação de serviços à
comunidade. Após ser cassado pelo Senado por colocar o mandato a serviço do bicheiro Carlinhos Cachoeira, Demóstenes retomou o cargo de procurador no Ministério Público de Goiás em 20 de julho.
Ao mesmo tempo
em que ajuda a definir o destino de réus, o ex-senador também é
investigado. Desde 30 de julho, uma comissão formada por quatro
procuradores de Justiça é responsável pela sindicância aberta na
Corregedoria Geral do MP de Goiás para apurar supostas infrações
administrativas cometidas por Demóstenes.
De 23 a 31 de julho, Demóstenes proferiu despachos em dez processos, a
maioria recursos contra sentenças proferidas na primeira instância da
Justiça. Informados de que os processos estão com Demóstenes, advogados
se dividem sobre a credibilidade dele. - E
le não teve senso
crítico para escolher melhor as amizades, mas é uma honra para mim o
processo estar no gabinete de Demóstenes. É grande procurador, apesar
das intempéries políticas — disse Carlos Cruvinel, advogado de um suposto batedor de carteiras com atuação no interior de Goiás.
Ronaldo Guimarães, que advoga em outro processo remetido a Demóstenes, tem entendimento bem diferente: - É uma pouca vergonha! Demóstenes não tem credibilidade para se manifestar no processo.
Um
terceiro processo diz respeito a um acusado de tráfico de drogas. O
advogado, Laércio Santos não sabe qual foi o teor do despacho de
Demóstenes: - Eu não tenho nada contra ele, tenho dó, na verdade.
(Fonte: O Globo)
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