Os professores da Universidade Federal do Pará (UFPA) decidiram pela manutenção da greve por tempo indeterminado. A decisão foi aprovada, na manhã de ontem, durante assembléia da categoria, no hall da reitoria da instituição de ensino. Dos cerca de 200 professores presentes na reunião, apenas sete votaram contra a continuidade do movimento. A categoria quer pressionar o Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consep) a adiar a data de aplicação das provas do vestibular 2013. O Consepe volta a se reunir no próximo dia 11 de setembro.
O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) contabilizava, até o início desta semana, cerca de 60 universidades federais em greve.
Dessas, a UFPA é a 23ª universidade a votar pela permanência do movimento após a assinatura do acordo feito entre governo e Sindicato de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), no dia 13, que acertava reajustes para a categoria entre 15% a 45%, pagos em três anos, além de outros benefícios. O acordo deveria por fim às paralisações.
A professora do curso de biblioteconomia Telma Sobrinho foi uma das que acompanhou a assembléia e decidiu votar a favor da manutenção da greve, por entender que o reajuste salarial concedido pelo governo 'é um desrespeito aos professores universitários'. Na opinião dela, o percentual não é o suficiente. Ela afirma que a remuneração recebida, hoje, não a permite se manter atualizada, com cursos de pós-graduação. Ela cita, como exemplo, o custo para fazer um doutorado, de R$ 1,5 mil mensais.
'Os percentuais apontados serão pagos em três anos. E só terão direito ao reajuste de 45% os professores que estão no topo ou no final da carreira, ou seja, os que têm doutorado. Querem que a gente tenha doutorado e não nos dão condição', enfatizou Telma Sobrinho.
Categoria se mobilizará para forçar nova data para provas
A diretora Geral da Associação dos Docentes da UFPA (Adufpa), Rosimê Meguins, adiantou que, na próxima reunião do Consep, a categoria estará mobilizada para pressionar pela mudança na realização das provas do vestibular.
'Na última reunião do conselho, segunda-feira passada, apresentamos ao reitor e aos demais membros, a incoerência de se manter o vestibular para dezembro, considerando que nem mesmo o calendário das atividades da universidade teria sido resolvido, o que só será possível com o fim da greve', declarou a sindicalista.
O entendimento da categoria é que o calendário do ano de 2012 será concluído apenas em 2013.
Dentre os alunos da UFPA, há divergências sobre a continuidade da greve. Para a estudante Dhessy de Fátima Cardoso, aluna do curso de pedagogia no campus Abaetetuba, o movimento é importante, embora provoque prejuízos aos universitários.
'Para manter a qualidade do ensino, é preciso ter esse tipo de atitude. Os problemas são muitos nas universidades', afirma a estudante.
Resposta - Em nota, a Reitoria da Universidade Federal do Pará (UFPA) esclarece que respeita o direito de greve dos docentes da Universidade, que é um direito constitucional. A decisão de aderir ou não ao movimento é de cada docente. A UFPA, contudo, garantirá o funcionamento das atividades da Instituição.
A Reitoria informa, ainda, que está acompanhando as discussões e que confia no diálogo entre os sindicatos e o governo federal como caminho para a obtenção de melhores condições de trabalho e remuneração nas instituições públicas de ensino superior. (Jornal Amazônia)
O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) contabilizava, até o início desta semana, cerca de 60 universidades federais em greve.
Dessas, a UFPA é a 23ª universidade a votar pela permanência do movimento após a assinatura do acordo feito entre governo e Sindicato de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), no dia 13, que acertava reajustes para a categoria entre 15% a 45%, pagos em três anos, além de outros benefícios. O acordo deveria por fim às paralisações.
A professora do curso de biblioteconomia Telma Sobrinho foi uma das que acompanhou a assembléia e decidiu votar a favor da manutenção da greve, por entender que o reajuste salarial concedido pelo governo 'é um desrespeito aos professores universitários'. Na opinião dela, o percentual não é o suficiente. Ela afirma que a remuneração recebida, hoje, não a permite se manter atualizada, com cursos de pós-graduação. Ela cita, como exemplo, o custo para fazer um doutorado, de R$ 1,5 mil mensais.
'Os percentuais apontados serão pagos em três anos. E só terão direito ao reajuste de 45% os professores que estão no topo ou no final da carreira, ou seja, os que têm doutorado. Querem que a gente tenha doutorado e não nos dão condição', enfatizou Telma Sobrinho.
Categoria se mobilizará para forçar nova data para provas
A diretora Geral da Associação dos Docentes da UFPA (Adufpa), Rosimê Meguins, adiantou que, na próxima reunião do Consep, a categoria estará mobilizada para pressionar pela mudança na realização das provas do vestibular.
'Na última reunião do conselho, segunda-feira passada, apresentamos ao reitor e aos demais membros, a incoerência de se manter o vestibular para dezembro, considerando que nem mesmo o calendário das atividades da universidade teria sido resolvido, o que só será possível com o fim da greve', declarou a sindicalista.
O entendimento da categoria é que o calendário do ano de 2012 será concluído apenas em 2013.
Dentre os alunos da UFPA, há divergências sobre a continuidade da greve. Para a estudante Dhessy de Fátima Cardoso, aluna do curso de pedagogia no campus Abaetetuba, o movimento é importante, embora provoque prejuízos aos universitários.
'Para manter a qualidade do ensino, é preciso ter esse tipo de atitude. Os problemas são muitos nas universidades', afirma a estudante.
Resposta - Em nota, a Reitoria da Universidade Federal do Pará (UFPA) esclarece que respeita o direito de greve dos docentes da Universidade, que é um direito constitucional. A decisão de aderir ou não ao movimento é de cada docente. A UFPA, contudo, garantirá o funcionamento das atividades da Instituição.
A Reitoria informa, ainda, que está acompanhando as discussões e que confia no diálogo entre os sindicatos e o governo federal como caminho para a obtenção de melhores condições de trabalho e remuneração nas instituições públicas de ensino superior. (Jornal Amazônia)
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