Depois de dois anos de um mandato intenso, a ministra Eliana Calmon
(foto abaixo) deixou ontem o cargo de corregedora-geral de Justiça. O
término de sua gestão foi lembrado nesta terça-feira à noite, no final
da sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Eliana Calmon
ganhou projeção nacional quando disse que era preciso ter cuidado com os
“bandidos de toga”. A declaração foi divulgada em entrevista no ano
passado, pouco antes de o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir até
onde o CNJ poderia ir na investigação de magistrados. Na época, a
corregedora foi criticada por grande parcela da magistratura nacional e,
em especial, pelo então presidente do CNJ e do STF, Cezar Peluso, que
classificou as declarações da corregedora de "levianas".
A corregedora disse que foi muito rigorosa com a corrupção porque os juízes não têm direito de transigir eticamente e admitiu que seu estilo “verdadeiro” e “sem limites” causou problemas. “Minha vida nesses anos foi
extremamente incômoda, mas eu me dispus a ser assim para ser inteira,
para fazer o que estava ao meu alcance”, observou Eliana Calmon,
garantindo não guardar mágoas.
Eliana Calmon voltará a dar expediente no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e só deve deixar a magistratura daqui a três anos, quando se aposenta compulsoriamente. O cargo de corregedor-geral será assumido pelo ministro Francisco Falcão, também do STJ.
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