O ex-presidente do PT José Genoino disse nesta terça-feira, 9, após ser condenado por corrupção ativa pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que usará todos os recursos possíveis para provar a sua inocência no processo do mensalão.
“Sou inocente. Estou revoltado e indignado com essa condenação injusta e cruel”, afirmou Genoino ao Estado. “É a sensação de estar numa noite escura e de ser condenado injustamente. A coragem é que me dá sentido na luta pela liberdade.”
Genoino acompanhou o julgamento em casa, no Butantã, ao lado da mulher, Rioco. A presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ligaram para ele, após a sessão do STF, manifestando solidariedade.
Reunido ontem em São Paulo com candidatos do PT que concorrem em todo o país, Lula afirmou que os ataques não podem ficar sem resposta.
- É preciso manter a cabeça erguida - afirmou Lula.
O ex-presidente disse ainda que o PT sofre “ataques como nunca” por causa do julgamento do mensalão, apesar de ter sentido pouco reflexo disso nas eleições municipais.
Em 1969 fui banido do país e tive a minha nacionalidade cassada, uma ignomínia do regime de exceção que se instalara cinco anos antes.
Voltei clandestinamente ao país, enfrentando o risco de ser assassinado, para lutar pela liberdade do povo brasileiro.
Por 10 anos fui considerado, pelos que usurparam o poder legalmente constituído, um pária da sociedade, inimigo do Brasil.
Após a anistia, lutei, ao lado de tantos, pela conquista da democracia. Dediquei a minha vida ao PT e ao Brasil.
Na madrugada de 1º dezembro de 2005, a Câmara dos Deputados cassou o mandato que o povo de São Paulo generosamente me concedeu.
A partir de então, em ação orquestrada e dirigida pelos que se opõem ao PT e seu governo, fui transformado em inimigo público numero 1 e, há sete anos, me acusam diariamente pela mídia, de corrupto e chefe de quadrilha.
Fui prejulgado e linchado. Não tive, em meu benefício, a presunção de inocência.
Hoje, a Suprema Corte do meu país, sob forte pressão da imprensa, me condena como corruptor, contrário ao que dizem os autos, que clamam por justiça e registram, para sempre, a ausência de provas e a minha inocência. O Estado de Direito Democrático e os princípios constitucionais não aceitam um juízo político e de exceção.
Lutei pela democracia e fiz dela minha razão de viver. Vou acatar a decisão, mas não me calarei. Continuarei a lutar até provar minha inocência. Não abandonarei a luta. Não me deixarei abater.
Minha sede de justiça, que não se confunde com o ódio, a vingança, a covardia moral e a hipocrisia que meus inimigos lançaram contra mim nestes últimos anos, será minha razão de viver. - Vinhedo, 09 de outubro de 2012 - José Dirceu
“Sou inocente. Estou revoltado e indignado com essa condenação injusta e cruel”, afirmou Genoino ao Estado. “É a sensação de estar numa noite escura e de ser condenado injustamente. A coragem é que me dá sentido na luta pela liberdade.”
Genoino acompanhou o julgamento em casa, no Butantã, ao lado da mulher, Rioco. A presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ligaram para ele, após a sessão do STF, manifestando solidariedade.
Lula após condenação de Dirceu: "É preciso manter a cabeça erguida"
Enquanto os petistas José Dirceu e José Genoino eram condenados pelo Supremo Tribunal Federal, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva preparava a reação do PT às críticas e às acusações que devem partir da oposição no segundo turno das eleições.Reunido ontem em São Paulo com candidatos do PT que concorrem em todo o país, Lula afirmou que os ataques não podem ficar sem resposta.
- É preciso manter a cabeça erguida - afirmou Lula.
O ex-presidente disse ainda que o PT sofre “ataques como nunca” por causa do julgamento do mensalão, apesar de ter sentido pouco reflexo disso nas eleições municipais.
Carta de José Dirceu ao povo brasileiro
No dia 12 de outubro de 1968, durante a realização do XXX Congresso da UNE, em Ibiúna, fui preso, juntamente com centenas de estudantes que representavam todos os estados brasileiros naquele evento. Tomamos, naquele momento, lideranças e delegados, a decisão firme, caso a oportunidade se nos apresentasse, de não fugir.Em 1969 fui banido do país e tive a minha nacionalidade cassada, uma ignomínia do regime de exceção que se instalara cinco anos antes.
Voltei clandestinamente ao país, enfrentando o risco de ser assassinado, para lutar pela liberdade do povo brasileiro.
Por 10 anos fui considerado, pelos que usurparam o poder legalmente constituído, um pária da sociedade, inimigo do Brasil.
Após a anistia, lutei, ao lado de tantos, pela conquista da democracia. Dediquei a minha vida ao PT e ao Brasil.
Na madrugada de 1º dezembro de 2005, a Câmara dos Deputados cassou o mandato que o povo de São Paulo generosamente me concedeu.
A partir de então, em ação orquestrada e dirigida pelos que se opõem ao PT e seu governo, fui transformado em inimigo público numero 1 e, há sete anos, me acusam diariamente pela mídia, de corrupto e chefe de quadrilha.
Fui prejulgado e linchado. Não tive, em meu benefício, a presunção de inocência.
Hoje, a Suprema Corte do meu país, sob forte pressão da imprensa, me condena como corruptor, contrário ao que dizem os autos, que clamam por justiça e registram, para sempre, a ausência de provas e a minha inocência. O Estado de Direito Democrático e os princípios constitucionais não aceitam um juízo político e de exceção.
Lutei pela democracia e fiz dela minha razão de viver. Vou acatar a decisão, mas não me calarei. Continuarei a lutar até provar minha inocência. Não abandonarei a luta. Não me deixarei abater.
Minha sede de justiça, que não se confunde com o ódio, a vingança, a covardia moral e a hipocrisia que meus inimigos lançaram contra mim nestes últimos anos, será minha razão de viver. - Vinhedo, 09 de outubro de 2012 - José Dirceu
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