"Ninguém está isento de críticas. Não é pelo fato de ele ser negro que
não vai ser criticado, e isso não tira o mérito dele. Ele não está ali
para representar só a raça negra, mas o país. A posse de Joaquim Barbosa
é um momento importante da democracia brasileira, e o PT sempre lutou
por isso." (deputada Benedita da Silva (PT-RJ)
"O ministro Joaquim Barbosa na presidência do Supremo Tribunal Federal terá defeitos e virtudes, vai errar e acertar. Negros continuarão sendo preteridos em empregos para os quais se prepararam e serão as maiores vítimas da violência. Os indicadores sociais ainda mostrarão por muito tempo a desigualdade racial. Nada vai mudar porque hoje ele assumiu a presidência do Poder Judiciário.
Mas tudo já mudou. Um negro atravessou uma barreira que parecia intransponível. Houve quarenta e três antes dele que foram não negros.
Várias pessoas perguntam no twitter: mas é importante a cor da pele? Sim, é importante. Porque até hoje a cadeira de chefe do Judiciário era monopólio de brancos. Como até 2010 a cadeira de presidente da República era monopólio de homens. O primeiro que quebra o impedimento tem que ser festejado.
Não precisa ser amado por isso, nem tratado de forma diferente, nem poupado de críticas, mas o momento precisa ser celebrado. Porque o país fica um pouco mais democrático a cada passo desses.
O futuro terá que ter cada vez mais diversidade no poder brasileiro ou não será futuro. Seria o asfixiante passado em que apenas homens brancos exerciam o poder.
O presidente do Supremo Tribunal Federal será espelho para outros meninos negros e meninas negras. E as crianças de qualquer cor aprenderão apenas com a cena de vê-lo onde está que todos podem almejar o lugar de destaque.
Joaquim Barbosa está lá porque merece estar. Tem sólida formação jurídica e sabedoria para estar na cadeira em que está. Fez um discurso com voz suave em que defendeu o princípio básico de qualquer república, mas que tantas vezes falha: "o mais sagrado dos direitos é o de ser tratado como igual, mas há um déficit de direito no Brasil. Nem todos são tratados igualmente".
A primeira mulher a assumir o tribunal, ministra Ellen Gracie, disse ao sair que o Brasil muda a partir de hoje, porque "se percebe em toda a sua integridade em toda a sua diversidade".(Miriam Leitão, jornalista)
"O ministro Joaquim Barbosa na presidência do Supremo Tribunal Federal terá defeitos e virtudes, vai errar e acertar. Negros continuarão sendo preteridos em empregos para os quais se prepararam e serão as maiores vítimas da violência. Os indicadores sociais ainda mostrarão por muito tempo a desigualdade racial. Nada vai mudar porque hoje ele assumiu a presidência do Poder Judiciário.
Mas tudo já mudou. Um negro atravessou uma barreira que parecia intransponível. Houve quarenta e três antes dele que foram não negros.
Várias pessoas perguntam no twitter: mas é importante a cor da pele? Sim, é importante. Porque até hoje a cadeira de chefe do Judiciário era monopólio de brancos. Como até 2010 a cadeira de presidente da República era monopólio de homens. O primeiro que quebra o impedimento tem que ser festejado.
Não precisa ser amado por isso, nem tratado de forma diferente, nem poupado de críticas, mas o momento precisa ser celebrado. Porque o país fica um pouco mais democrático a cada passo desses.
O futuro terá que ter cada vez mais diversidade no poder brasileiro ou não será futuro. Seria o asfixiante passado em que apenas homens brancos exerciam o poder.
O presidente do Supremo Tribunal Federal será espelho para outros meninos negros e meninas negras. E as crianças de qualquer cor aprenderão apenas com a cena de vê-lo onde está que todos podem almejar o lugar de destaque.
Joaquim Barbosa está lá porque merece estar. Tem sólida formação jurídica e sabedoria para estar na cadeira em que está. Fez um discurso com voz suave em que defendeu o princípio básico de qualquer república, mas que tantas vezes falha: "o mais sagrado dos direitos é o de ser tratado como igual, mas há um déficit de direito no Brasil. Nem todos são tratados igualmente".
A primeira mulher a assumir o tribunal, ministra Ellen Gracie, disse ao sair que o Brasil muda a partir de hoje, porque "se percebe em toda a sua integridade em toda a sua diversidade".(Miriam Leitão, jornalista)
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