Em 2012, ano em que a Lei de Acesso à Informação entrou em vigor,
quase metade dos gastos com cartões corporativos do governo federal foi
mantida em segredo. O argumento é que são informações estratégicas para a
segurança da sociedade e do Estado brasileiro.
Entre janeiro e
setembro, 46,2% das despesas via cartão foram classificadas como
sigilosas – as informações referentes aos meses finais de 2012 ainda não
foram enviadas pelo Banco do Brasil à Controladoria-Geral da União
(CGU) para divulgação no Portal da Transparência do governo.
Ao
todo, na administração pública, os portadores dos mais de 13 mil cartões
de pagamento do governo espalhados pelo País gastaram, de forma
secreta, R$ 21,3 milhões dos R$ 46,1 milhões pagos pelo chamado
suprimento de fundos. A maioria é de compras e saques da Presidência da
República, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e da Polícia
Federal. Na Presidência, 95% das despesas com cartões são sigilosas.
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