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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Açaí terá selo de qualidade

Um selo de qualidade para o açaí pode tornar mais seguro o consumo da polpa do fruto no Pará. A medida, que deve ser adotada em breve, foi anunciada ontem pelo titular da Secretaria de Estado de Agricultura (Sagri), Hildegardo Nunes, durante a aula inaugural do curso de capacitação de batedores artesanais de açaí em boas práticas e operação do branqueador. O selo nos pontos de venda vai atestar que o produto passa pelo processo de branqueamento, eliminando o risco de contaminação pela Doença de Chagas. Ainda não há data prevista para que o selo comece a ser utilizado.

As aulas práticas para os batedores de açaí começam a partir do dia 4 de março, na Sagri. O curso terá duração de apenas oito horas e turmas com até 30 participantes. Técnicos das secretarias municipal e estadual de Saúde vão ministrar as aulas. Inicialmente o curso será disponibilizado apenas para batedores artesanais da Região Metropolitana de Belém, mas a Sagri pretende estender as aulas para o interior do Estado.

De acordo com a Associação dos Vendedores Artesanais de Açaí de Belém (Avabel), o curso está sendo muito procurado pelos trabalhadores. Dos 2.700 batedores cadastrados junto à Avabel, 2 mil manifestaram interesse em passar pela capacitação. "Atualmente, uns 90 batedores de Belém fazem o branqueamento. Muitos já ouviram falar no processo, mas desconhecem como se faz. Por isso, o interesse é grande", afirmou o presidente da Avabel, Carlos Noronha.
 
As aulas ministradas na Sagri vão ensinar a técnica do branqueamento do açaí aos batedores artesanais.

Bem mais barato que o processo de pasteurização, o branqueamento é considerado pelas autoridades de saúde um método seguro para a eliminação dos riscos de contágio pela Doença de Chagas. O branqueador custa cerca de R$ 2 mil. O Banpará e os bancos da Amazônia e do Brasil vão abrir linhas de créditos para facilitar a compra do aparelho pelos batedores.

Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sespa), entre os anos de 2006 e 2012, foram registrados 931 casos de Doença de Chagas do Pará. Doze municípios concentram 75% dos casos e a maioria deles está na RMB ou no arquipélago do Marajó. No todo da lista estão os municípios de Belém, Abaetetuba e Ananindeua. No Pará, o problema é causado principalmente pela falta de higiene na manipulação de alimentos, em especial o açaí. "Por isso, vamos fazer esse trabalho de educação continuada com quem trabalha com o açaí. Queremos atingir 100% dos batedores, mas vamos chegar também a quem trabalha com a venda de outros alimentos", declarou a diretora de Vigilância a Saúde da Sespa, Roseana Nobre. (Jornal Amazônia)

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